domingo, 29 de dezembro de 2013

Não deixe o Aedes Aegypti dominar a casa

Casas fechadas e chuvas. Esse é um cenário propício para a proliferação do mosquito transmissor da dengue. Nessa época do ano, muitas pessoas costumam viajar e não imaginam que um inimigo pode se criar dentro da casa: o mosquito Aedes Aegypti.
A chefe da Divisão de Controle de Vetores, Maria Lúcia Biagini, alerta que a maioria das pessoas que vai viajar nessa época do ano se esquece de cuidados básicos que podem facilitar a proliferação do Aedes, mesmo dentro das residências fechadas.
“As casas costumam ficar de 15 a 20 dias sem ninguém. Nesse tempo, o mosquito passa por todo o seu ciclo. Por isso é muito importante fazer uma série de vistorias antes de fechar a casa, para que isso não ocorra”, explica Maria Lúcia.
O que as pessoas não imaginam, é que a água parada dentro do vaso sanitário, além dos ralos internos, como dos banheiros e da cozinha, são os locais onde o mosquito se sente mais à vontade para “aumentar a família”.
“São locais com água limpa e que vai ficar parada enquanto não houver ninguém em casa. Por isso, se tornam criadouros em potencial”, alerta Maria Lúcia.
Atenção
A comerciante Vera Almeida, 52 anos, viaja todos os anos, em dezembro, e diz que tem cuidado redobrado para não deixar nada acumulando água. Porém, ela só olhava para o quintal. “Deixo tudo coberto, tampo a piscina de fibra e deixo ela virada”, afirma.
Mas os cuidados dentro de casa, Vera não sabia que também eram necessários.
Já a vendedora Sônia Martins, 39 anos, diz que sempre deixa os vasos com a tampa abaixada. “Faço isso desde que cheguei uma vez e encontrei a casa fechada cheia de pernilongos”, diz.
O indicado é tapar os ralos internos e deixar os vasos sanitários tampados. Vasos que não possuem tampas devem ser vedados com sacos plásticos para não ficarem expostos.
Ribeirão na lista de alerta para nova epidemia
Em novembro, o A Cidade mostrou que o Ministério da Saúde colocou Ribeirão Preto na lista de municípios em situação de alerta para uma nova epidemia de dengue em 2014. Isso ocorre porque o índice de infestação predial do Aedes Aegypti do município é o sexto maior do estado de São Paulo, com 2,1 - o ideal é 1.
Nesse ano, Ribeirão já registrou mais de 13 mil casos de dengue e quatro mortes provocadas pela doença. Em março, o A Cidade mostrou que um único paciente com dengue custa cerca de R$ 900 para as empresas privadas e para o setor público.

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