domingo, 30 de novembro de 2014

Câncer de pele - sintomas, diagnóstico e tratamento

A incidência de melanoma, tipo mais letal de câncer de pele, vem aumentando em todo o mundo nas últimas quatro décadas. No Brasil, a doença mata, em média, quatro pessoas por dia
 
Um só banho de sol intenso tomado sem proteção antes dos 18 anos, pode duplicar as chances de desenvolver algum tipo de câncer de pele na vida adulta, de acordo com a Fundação do Melanoma David Cornfield. Isso ocorre porque a memória da pele é como a de um elefante, nunca esquece as agressões sofridas, mesmo com o passar de muitos anos.
 
Cerca de quatro brasileiros morrem por dia por causa do melanoma, o tipo mais agressivo de câncer de pele[i]. No próximo 29 de novembro, data que marca o Dia Nacional de Combate ao Câncer de Pele, é lembrada a importância de conscientizar a população sobre os vários tipos da doença.
 
Apesar de representar apenas 5% dos casos de tumores malignos no Brasil[ii], o melanoma - causado por um crescimento desordenado das células produtoras de pigmentos, os melanócitos - responde pela maior parte das mortes por câncer de pele no país. Em 2012, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), 1.522 brasileiros morreram por causa da doença, sendo 893 homens e 629 mulheres[iii]. O alto índice de mortalidade está relacionado à capacidade desse tipo de tumor se espalhar para outros órgãos muito rapidamente, onde continua crescendo e destruindo o tecido, processo conhecido como metástase.
 
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a incidência do melanoma vem aumentando nas últimas quatro décadas. Foram mais de 232 mil novos casos em todo o mundo em 2012[iv]. No Brasil, segundo dados do INCA, em 2015, o mais letal dos tumores de pele deve acometer mais 5.890 pessoas[v].
 
"Exposição prolongada a altos índices de luz solar, uma ou mais queimaduras de sol durante a infância e adolescência, e uso de máquinas de bronzeamento artificial são fatores de risco", esclarece a oncologista Marina Sahade, do hospital Sírio-Libanês. Pessoas com pele e cabelos claros, sardas, histórico familiar e pessoal de melanoma e sistema imunológico enfraquecido também precisam de atenção redobrada.
 
"Ter uma atitude responsável com relação ao sol, pode ajudar a evitar a doença e suas formas mais graves", explica a médica. Outra recomendação importante é proteger-se dos raios ultravioletas nocivos do sol. "Usar filtro solar com fator de proteção 30 diariamente, mesmo no inverno, evitar o uso de máquinas de bronzeamento, e observar as alterações de pintas ou o surgimento de lesões na pele são atitudes que podem ajudar a prevenir a doença", completa a oncologista.
 
Esses cuidados devem ser aliados a exames de pele com profissionais pelo menos uma vez ao ano para as pessoas com mais de 40 anos e a cada três anos para pessoas entre 20 e 40 anos.
 
Sintomas
 
Os primeiros sinais do melanoma, em geral, são o surgimento de uma pequena área pigmentada de aparência incomum na pele ou mudanças em uma pinta já existente. As áreas mais comuns para o aparecimento desse tipo de tumor são aquelas constantemente expostas ao sol, como costas, pernas, braços e face, mas, também pode se desenvolver em locais sem tanta exposição solar, como as plantas dos pés, palmas das mãos, além de unhas e mucosas, como nariz e boca.
 
Diagnóstico
 
O melanoma pode ser diagnosticado em pessoas de todas as idades, porém, é mais comum nas pessoas mais velhas, sendo que a média de idade de detecção é 61 anos[vi].
 
O diagnóstico é feito por meio do exame ABCDE, que analisa Assimetria, regularidade da Borda, Cor, Diâmetro e Evolução da lesão, seguido de biópsia. O estágio de evolução de doença é definido por meio de exames de imagem, e, a partir dessa avaliação é definido o tratamento que será utilizado para cada paciente.
 
Tratamento
 
O sucesso do tratamento depende de muitos fatores, entre eles, o estado de saúde geral do paciente e se o câncer se espalhou para os outros órgãos. Quando o melanoma é detectado em estágio inicial, geralmente pode ser curado por meio de cirurgia de remoção da área afetada pelo tumor.
 
Entretanto, o melanoma em estágios mais avançados é mais difícil de ser tratado. Nesses casos, é utilizada uma combinação de tratamentos que envolvem a retirada cirúrgica do câncer, quimioterapia, radioterapia ou terapia-alvo, porém, o tratamento do estágio avançado da doença continua sendo um enorme desafio para médicos e pacientes.
 
Avanços
 
Uma nova esperança no tratamento do melanoma avançado está na imuno-oncologia, que usa a capacidade natural do organismo para combater o câncer, através do sistema imunológico. Alguns medicamentos que utilizam essa abordagem foram aprovados nos últimos anos pelas agências reguladoras, como o interferon, o IL-2 e o bloqueador de CTLA 4. Esse tipo de tratamento ativa diferentes mecanismos que estimulam a resposta do corpo contra o tumor ou bloqueia processos que inibem a resposta imune.
 
Um mecanismo pelo qual alguns tipos de cânceres podem iludir a resposta imunológica é por meio da ligação com a proteína (checkpoint) PD-1. Essa conexão inibe a ação das células T, responsáveis pela defesa do organismo contra tumores.
 
Para tratar o melanoma avançado, foi desenvolvida uma nova e promissora abordagem terapêutica, que são os medicamentos anti-PD1. Eles impedem os tumores de inibir as células de defesa do organismo. Ao bloquear o acesso das células cancerígenas à proteína (checkpoint) PD-1 das células T, esses medicamentos permitem que as células do sistema imunológico, que vinham sendo desativadas pelo tumor, voltem a combater o câncer.
 
Sobre MSD
 
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