sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Biografia, obras e frases de Albert Camus



Albert Camus (1913-1960) foi um escritor, jornalista, romancista, dramaturgo e filósofo argelino. Foi também jornalista militante engajado na Resistência Francesa e nas discussões morais do pós-guerra. Recebeu o Prêmio Nobre de Literatura em 1957 por sua importante produção literária.

Albert Camus (1913-1960) nasceu em Mondovi, na Argélia, na época da ocupação francesa, no dia 7 de novembro de 1913. Filho de camponeses ficou órfão de pai em 1914. Muda-se para Argel, onde faz seus primeiros estudos. Trabalha como vendedor de acessórios de automóvel, meteorologista, empregado no escritório de corretagem marítima e na prefeitura. Com o apoio da família frequenta a escola e com o incentivo de alguns professores forma-se em filosofia e em seguida conclui o doutorado. Acometido de tuberculose fica impossibilitado de prestar concurso para professor.

Em 1934, entra para o Partido Comunista Francês, em seguida no Partido do Povo da Argélia, passando a escrever para dois veículos socialistas. Fundou a companhia L’Equipe, onde trabalhou como diretor e ator. Montou peças que foram logo proibidas, entre elas, “Revolta das Astúrias” (1936).

Em uma viagem cultural visita, a Espanha, a Itália e a Tchecoslováquia, países que são citados em seus primeiros trabalhos: “O Avesso e o Direito” (1937) e “Noces” (1938). Em 1938 muda-se para a França, ingressa na Resistência Francesa e colabora com o jornal clandestino “Combat”. Trava conhecimento com o filósofo Sartre, de quem se torna amigo.

Em 1942, em plena Guerra, Albert Camus publica seus mais importantes romances “O Estrangeiro” e “O Mito de Sísifo”. Duas peças suas fizeram sucesso depois da libertação do regime nazista: “Le Malentendu” (1944) e “Calígula” (1945). Em 1946 foi aos Estados Unidos e em 1947 publica “A Peste”. Em 1949 visita o Brasil, é recebido pelo adido cultural francês e por Oswald de Andrade. Como historiador e filósofo, escreveu em 1951 “O Homem Revoltado” e em 1956 publica “La Chute”.

Em 1957, é premiado com o Nobel de Literatura, por sua importante produção literária. Seu discurso no banquete oficial e sua conferência aos estudantes da Universidade de Upsala, na Suécia, foram publicados sob o título “Discours de Suède”.

Homem de opinião e de ação, sempre se manifestou sobre os acontecimentos mundiais, suas obras são um testemunho das angústias, dos dilemas e da presença constante da morte diante de diversos conflitos de sua época.

Albert Camus falece em Villeblevin, França, no dia 04 de janeiro de 1960, em um acidente de carro, a caminho de Paris.

Obras de Albert Camus

- Révolte dans les Asturies (Revolta nas Astúrias), 1936, Ensaio de criação coletiva
- L'Envers et l'Endroit (O Avesso e o Direito), 1937, Ensaio
- Noces (Núpcias), 1939 antologia de ensaios e impressões
- Réflexions sur la Guillotine (Reflexões sobre a Guilhotina), 1947
- L'Étranger (O estrangeiro), 1942, romance
- Le Mythe de Sisyphe O mito de Sísifo), 1942, ensaio sobre o absurdo
- Les justes (Os justos), Peça em 5 atos, Editor Gallimard, Folio teatro, 2008.
- Le Malentendu (O malentendido), 1944, Peça em três atos.
- Lettres à un ami allemand (Cartas a um amigo alemão), publicadas com o pseudônimo de Louis -  --- Neuville, Editor Gallimard, collection folio ISBN 2-07-038326-1
- Caligula (Calígula) (primeira versão em 1941), Peça em 4 atos.
- La peste (A peste, Editor Gallimard, Coleção Folio, 1972.
- L'État de siège (Estado de sítio), (1948), Espetáculo em três partes.
- L'Artiste en prison (O Artista na prisão), 1952 prefácio sobre Oscar Wilde.
- "Actuelles (Atuais) I, Crônicas, 1944-1948", 1950
- "Actuelles (Atuais) II, Crônicas, 1948-1953
- L’homme révolté (O homem revoltado)
- L'Été (O Verão), 1954, Ensaio.
- Requiem pour une nonne (Réquiem para uma freira)
- La chute (A queda), Editor Gallimard, Coleção Folio, 1972.
- L'Exil et le Royaume (O exílio e o reino), Gallimard, 1957 contos (La Femme adultère (A mulher adúltera), Le Renégat (O Renegado), Les Muets (Os Mudos), L'Hôte (O Hóspede), Jonas.
- La Pierre qui pousse (A Pedra que brota).
- Os discursos da Suécia (publicado juntamente com O avesso e o direito)
- Carnets I (Cadernetas I), maio 1935-fevereiro 1942, 1962
- Carnets II (Cadernetas II), janeiro 1942-março 1951, 1964
- Carnets III (Cadernetas III), março 1951-dezembro 1959
- La Postérité du soleil, photographies de Henriette Grindat. Itinéraire par René Char (A posteridade do Sol, fotografias de Henriette Grindat. Itinerário por René Char, edições E. Engelberts, 1965.
- Les possédés (Os possessos), 1959, adaptação ao teatro do romance de Fiódor Dostoiévski
Résistance, Rebellion, and Death (Resistência, Rebelião e Morte)
- Le Premier Homme (O primeiro homem), Gallimard, 1994, publicado por sua filha, romance inacabado
- La mort heureuse (A morte feliz)

Célebres frases de Albert Camus

- Vou-lhe dizer um grande segredo, meu caro. Não espere o juízo final. Ele realiza-se todos os dias.
- Fazer sofrer é a única maneira de se enganar.
- Quando procuro o que há de fundamental em mim, é o gosto da felicidade que eu encontro.
- O que finalmente eu mais sei sobre a moral e as obrigações do homem devo ao futebol...
- Não ser amado é falta de sorte, mas não amar é a própria infelicidade.
- A tentação mais perigosa: não se parecer com nada.
- A estupidez insiste sempre.
- Sem a cultura, e a liberdade relativa que ela pressupõe, a sociedade, por mais perfeita que seja, não passa de uma selva. É por isso que toda a criação autêntica é um dom para o futuro.
- O homem tem duas faces: não pode amar ninguém, se não se amar a si próprio.
- Não há ordem sem justiça.
- Toda a infelicidade dos homens nasce da esperança.
- Não é nenhuma vergonha ser-se feliz; vergonhoso é ser feliz sozinho.

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