sábado, 22 de junho de 2013

Revolução Mexicana - causas e consequências (com questões)

Artigo sobre os antecedentes, causas e consequências da Revolução Mexicana de 1910 com questões de concursos e vestibulares para um melhor aprendizado.

Revolução Mexicana

A Revolução Mexicana foi um grande movimento armado que começou em 1910 com uma rebelião liderada por Francisco I. Madero contra o antigo autocrata general Porfirio Diaz. Foi a primeira das grandes revoluções do século XX.
Esta revolução foi caracterizada por uma variedade de líderes de cunho socialista, liberal, anarquista, populista, e em prol da reforma agrária, devolução de terras aos indígenas e camponeses, Nacionalização das Multinacionais norte americanas, reformas eleitorais, entre outros..

Principais causas da Revolução Mexicana

A elite agrária predominava completamente no México, sempre determinando quem seria  o governante máximo. Em 1876 assumiu Porfírio Dias, que governou de forma ditatorial. Mesmo tendo havido um pequeno desenvolvimento industrial durante o período  em que esteve à frente do país, a elite agrária permaneceu no poder, pois a base econômica continuou a ser a exportação de produtos agrícolas e de minérios.

General Porfírio Díaz, presidente e ditador do México de 1876 a 1911.
Porfírio Diaz governou o México por mais de trinta anos. Mantinha-se uma aparência de democracia, pois eram realizadas eleições periodicamente, mas elas eram manipuladas para que ele sempre se reelegesse. Em 1910, nas eleições, Diaz novamente foi eleito, porém seu opositor, Francisco Madero conseguiu rebelar a população e assumiu, com a promessa de realizar a tão esperada reforma agrária.


Francisco I. Madero

Tal promessa, no entanto, não foi cumprida agravando ainda mais a já péssima condição de vida dos camponeses. Liderados então por Emílio Zapata e Pancho Villa, eles iniciaram a luta contra Madero, conseguindo tirá-lo do poder. Posteriormente, derrubaram também o seu sucessor, o general Huerta.


Revolucionários mexicanos. Sentado, à esquerda, Pancho Villa e, à direita, Zapata.
Primeiramente, Zapata e Villa propunham a expropriação dos latifúndios (inclusive os pertencentes à Igreja) para posterior divisão entre camponeses; o reconhecimento dos direitos indígenas sobre as terras que lhes haviam sido tomadas e a nacionalização das terras daqueles que fossem considerados inimigos da revolução.
Nas eleições de 1914, o latifundiário Carranza, apoiado pelos Estados Unidos, foi eleito presidente. Sua principal promessa era a elaboração de uma nova Constituição, que, de fato, foi aprovada em 1917.

A nova Constituição, aparentemente liberal, caracterizava-se por conceder ao Estado do direito de expropriar terras, caso fosse utilizá-las para benefício público, ao mesmo tempo que reconhecia os direitos dos índios sobre as terras de uso comum. No campo das relações de trabalho, criou-se o salário mínimo e determinou-se que a duração da jornada de trabalho seria de oito horas. A Igreja Católica foi sensivelmente abalada em seu poder com a separação entre Estado e Igreja.

Para garantir que Carranza fosse bem-sucedido em seu governo, os Estados Unidos chegaram a invadir o território mexicano em uma tentativa de prender Pancho Villa.
A morte de Zapata, assassinado em 1919, e de Pancho Villa, morto em 1923, foi um golpe duro para os camponeses. O governo norte-americano pressionava para que  as reformas fossem implantadas rapidamente, a fim de evitar novos problemas. A Igreja Católica, por sua vez, exercia pressão sobre o governo, porque desejava recuperar o que havia perdido. Tudo isso levou o processo revolucionário praticamente ao fim.

Em 1929 foi criado o Partido Nacional Revolucionário (PRN), resultado da unificação das diferentes correntes revolucionárias, e que seria a base do Partido Revolucionário Institucional (PRI), criado em 1946. Essa mudança implicou o abandono dos princípios revolucionários de 1910.

Apesar da significativa reforma agrária implementada pela Revolução, com o tempo os camponeses perderam muitas terras que haviam conquistado. As dificuldades em conseguir uma produção em larga escala e a baixo custo, as dívidas bancárias, a concorrência dos produtos agrícolas norte-americanos e a maior mecanização das propriedades mais modernas acabaram por inviabilizar a pequena propriedade.

Consequências da Revolução Mexicana

* Enfraquecimento do Caudilhismo;

* Criação de um novo Sistema Político, o Populismo;

* Os meios de comunicação controlam as massas;

* Nacionalização de Companhias Americanas de Petróleo e Criação da PEMEX (mexicana)

Fontes: http://mestresdahistoria.blogspot.com.br/2012/05/conheca-os-principais-aspectos-da_12.html
          http://www.sohistoria.com.br/ef2/revolucaomexicana/

Exercícios sobre a Revolução Mexicana

1.  (UNIP) "Como Zapata não conseguiu fazer-se ouvir e ter as reivindicações atendidas por Madero, rompeu o apoio que dava a seu governo e lançou o Plano de Ayala, propondo a reforma agrária imediata, o confisco de 1/3 das terras que estavam nas mãos de grandes latifundiários para serem entregues aos camponeses, a criação de um banco para dar créditos à agricultura e o confisco de bens dos que se opusessem às reformas do Plano. A situação passou por um momento de radicalização das forças sociais, e ao mesmo tempo, fazer reformas destinadas às camadas populares, preservar o latifúndio e garantir os interesses estrangeiros. Esse fato culminou com um golpe desfechado pelo general Victoriano Huerta, apoiado pelos Estados Unidos e empresas estrangeiras, contra Francisco Madero, que foi executado em 1913."

O texto descreve acontecimentos da Revolução:

 a) Cubana.
 b) Haitiana.
 c) Boliviana.
 d) Argentina.
 e) Mexicana.

2. (FUVEST) A Revolução Mexicana de 1910, do ponto de vista social, caracterizou-se:

a) pela intensa participação camponesa;
b) pela aliança entre operários e camponeses;
c) pela liderança de grupos socialistas;
d) pelo apoio da Igreja aos sublevados;
e) pela forte presença de combatentes estrangeiros.

3. "O descontentamento com a desigualdade social crescia em todos os setores populares (...) Uma situação francamente revolucionária só se criou quando a este descontentamento generalizado somaram-se dois fatos novos. Primeiro, uma grave dissensão no patriciado político motivada pelo continuísmo de Porfíro Dias (...) Segundo e principalmente, o surgimento de duas lideranças camponesas autênticas: a de Emiliano Zapata (...) e a de Francisco Villa (...)"
(Darcy Ribeiro, As Américas e a Civilização)
O texto refere-se à:

a) Revolução Sandinista
b) Revolução Cubana
c) Guerra do Pacífico
d) Guerra do Chaco
e) Revolução Mexicana

4. (Fuvest/2006) Na América Latina, no século XX, aconteceram duas grandes revoluções: a Mexicana de 1910 e a Cubana de 1959. Em ambas, os

a) camponeses sem terra lideraram sozinhos os movimentos.
b) EUA enviaram tropas que lutaram e quase derrotaram os rebeldes.
c) grupos socialistas iniciaram a luta armada, tornando hegemônicas suas ideias.
d) revolucionários derrubaram governos autoritários e alcançaram a vitória.
e) programas revolucionários foram cópias de movimentos europeus.

5.. A Revolução é uma súbita imersão do México em seu próprio ser (...) é uma busca de nós mesmos e um regresso à mãe. Nela, o México se atreve a ser.
(OCTAVIO PAZ, escritor mexicano. Citado por Grandes Fatos do Século XX. Rio de Janeiro, Rio Gráfica, 1984.)

A Revolução Mexicana, iniciada em 1911, trouxe à tona a organização e a luta de populações camponesas de origem indígena que até hoje utilizam esse movimento como símbolo.
A eclosão da Revolução Mexicana pode ser explicada pelos seguintes motivos:

a) a influência do ideário positivista e a atuação dos "científicos" nos movimentos camponeses
b) a luta do campesinato pela propriedade da terra e as reivindicações de setores burgueses por um maior espaço na política
c) a necessidade de uma modernização capitalista e o desejo da burguesia pela ampliação da influência do capital francês no país
d) a união dos liberais e dos comunistas mexicanos contra o porfiriato e o interesse dos grandes proprietários na aliança com o capital inglês
e) pelo seu processo de independência no século XIX, onde o México se endividou e a revolução era uma possibilidade para alterar tal situação de dependência.

6. A Revolução Mexicana, irrompida em 1911, e a ascensão da União Cívica Radical à Presidência da República na Argentina, em 1916, exprimem casos exemplares das crises oligárquicas ocorridas na América Latina no início do século XX.Assinale a opção que apresenta corretamente uma importante diferença entre os dois processos mencionados.

a) A Revolução Mexicana foi concebida por oligarquias dissidentes do Porfiriato, enquanto o Radicalismo argentino foi gestado no meio sindical anarquista. 
b) No caso mexicano, o desdobramento do movimento revolucionário contou com forte adesão de setores camponeses, ao passo que o Radicalismo argentino se caracterizou, sobretudo em seu início, como um movimento político da classe média urbana. 
c) O processo revolucionário mexicano assumiu rumos notoriamente bolcheviques após 1917, influenciado pelo êxito da Revolução Russa, ao contrário do Radicalismo argentino, movimento essencialmente conservador. 
d) A Revolução Mexicana foi, desde o início, um processo de insurgência nacional e multi-classista, ao passo que o Radicalismo de Ipólito Yrigoyen se manteve restrito ao meio social portenho da classe média urbana. 
e) A Revolução Mexicana pôs em cena a questão social e agrária de forma radical, ao contrário do Radicalismo argentino que, desde o início, demonstrou indiferença em relação às massas.

7. Ao longo do século XX, diversos movimentos sociais eclodiram na América Latina. Dentre eles, destacamos a Revolução Mexicana, iniciada em 1911, que se caracterizou, em suas origens, como um movimento:

a) operário pela implantação de um governo socialista no México.
b) nacionalista contrário à dominação política espanhola.
c) burguês em defesa da industrialização do país.
d) camponês de luta por uma reforma agrária.
e) liberal em prol de uma aliança econômica com os Estados Unidos.

8. A revolução iniciada em 1910 foi um grande movimento popular, anti-latifundiário e anti-imperialista, que foi responsável por importantes transformações no México. Do ponto de vista institucional, oficial, considera-se a revolução como o movimento que derrubou a ditadura e possibilitou a ascensão de Francisco Madero em junho de 1911. No entanto, o movimento revolucionário possuía outra dimensão: os camponeses do sul, liderados por Emiliano Zapata, e os do norte, liderados por Pancho Villa, defendendo a reforma agrária.
Fonte: A Revolução Mexicana. 2000. Disponível em: . Acesso em 7 demarço de 2010 (adaptado)

A leitura do texto acima nos permite concluir que:

a) o movimento popular que derrubou a ditadura no México teve como uma de suas manifestações as pressões dos camponeses para a realização de uma reforma agrária.
b) a Revolução Mexicana, apesar de promover a derrubada da ditadura de Madero, apresentou um caráter essencialmente burguês, sem a participação das camadas populares.
c) Pancho Villa e Emiliano Zapata, líderes do movimento camponês da Revolução Mexicana, foram os principais responsáveis pela derrubada da ditadura de Madero em 1911.
d) a ditadura implementada após a Revolução Mexicana de 1910 foi responsável pela efetivação do projeto de reforma agrária defendido por Emiliano Zapata e Pancho Villa.
e) a Revolução Mexicana de 1910, apesar da aparência anti-imperialista, teve total apoio do governo dos Estados Unidos, beneficiado pela ascensão do líder popular Francisco Madero.

9. (UECE) Em Chiapas, no México, em 1994, ocorre uma rebelião conduzida pela Frente Zapatista de Libertação Nacional que reivindica mudanças na distribuição da terra e benefícios sociais para as populações do campo e indígena. Quanto à utilização do termo "zapatistas", assinale o correto. 

a) Uma aproximação à imagem de Emiliano Zapata, um líder da revolução Mexicana que no início do século XX, parecia ser a única esperança para os camponeses do sul do país. 
b) Uma clara homenagem ao atual presidente espanhol José Luiz Rodríguez Zapatero, que à época da rebelião, era militante do Partido dos Trabalhadores Socialistas espanhol (PSOE) e porta-voz internacional das minorias mexicanas. 
c) Referência a Zapata, território localizado no pequeno estado mexicano Morelos, cuja população de indíos e camponeses, há séculos, resiste as violentas expropriações dos fazendeiros sobre suas comunidades. 
d) Uma homenagem aos irmãos Emiliano e Eufêmio Zapata, pequeno proprietários de terras, no estado de Morelos, que injustamente tiveram suas terras expropriadas por grandes fazendeiros e foram brutalmente assassinados.

10. (PUC-SP)
"Há países com mais de 60% da população constituída por índios, como Bolívia e Guatemala. E há um país como México, que está ao redor de 12%. Dependendo das condições, não há sentido pleitear essa autonomia [de estados indígenas na América], especialmente se ela ficar submetida a governos que não estão interessados em repassar recursos para o desenvolvimento dessas populações. Há setores do zapatismo e do movimento indígena boliviano que de fato pleiteiam a autonomia, mas ao mesmo tempo estão buscando integrar-se. É importante diferenciar movimentos que buscam maior inserção dos indígenas no mundo globalizado, de movimentos extremados, fundamentalistas, que querem a autonomia a qualquer preço, mesmo que ela venha isolar ainda mais os indígenas."


(Nestor García Canclini, em entrevista a O Estado de São Paulo, 2 de julho de 2007, in http://txt.estado.com.br/suplementos/ ali/2006/07/02/ali-1.93.19.20060702.4.1.xml)
O texto menciona o "zapatismo" e o "movimento indígena boliviano", ambos atuantes nos dias de hoje. Sobre eles, podemos dizer que o 

a) zapatismo se manifesta principalmente na região de Chiapas, ao sul do México, defende direitos de diversas etnias de origem pré-colombiana e se diz herdeiro das reivindicações indígenas da Revolução Mexicana de 1910. 
b) movimento indígena boliviano chegou ao poder com a vitória eleitoral de Evo Morales, defende a produção de cocaína e se diz herdeiro das lutas emancipacionistas de Tupac Amaru, no século XVIII.
c) zapatismo e o movimento indígena boliviano representam novas tendências políticas na América Latina e são apoiados e financiados pelos governos estrangeiros da Venezuela, do Brasil e dos Estados Unidos.
d) movimento indígena boliviano tem evidente conotação esquerdista e luta pela formação de um Estado unitário na América Latina, nos moldes do projeto bolivariano do início do século XIX.
e) zapatismo nasceu no início do século XX e ressurgiu no princípio do século XXI, com o objetivo de apoiar o ingresso do México no NAFTA, mercado comum que envolve ainda o Canadá e os Estados Unidos.

11) (FUVEST) A Revolução Mexicana de 1910, do ponto de vista social, caracterizou-se:
                                 
a) pela intensa participação camponesa;
b) pela aliança entre operários e camponeses;
c) pela liderança de grupos socialistas;
d) pelo apoio da Igreja aos sublevados;
e) pela forte presença de combatentes estrangeiros.

12) "O descontentamento com a desigualdade social crescia em todos os setores populares (...) Uma situação francamente revolucionária só se criou quando a este descontentamento generalizado somaram-se dois fatos novos. Primeiro, uma grave dissensão no patriciado político motivada pelo continuísmo de Porfíro Dias (...) Segundo e principalmente, o surgimento de duas lideranças camponesas autênticas: a de Emiliano Zapata (...) e a de Francisco Villa (...)"
(Darcy Ribeiro, As Américas e a Civilização)

O texto refere-se à:

a) Revolução Sandinista
b) Revolução Cubana
c) Guerra do Pacífico
d) Guerra do Chaco
e) Revolução Mexicana

13) (PUC) A Revolução Mexicana de 1910, que teve em Pancho Villa e Emiliano Zapata duas das suas mais expressivas lideranças, sob o aspecto social, caracterizou-se pela:

a) adesão de militares, operários e estudantes.
b) aliança da Igreja aos revolucionários.
c) ajuda de brigadas estrangeiras
d) grande participação camponesa.
e) destacada influência dos anarquistas.

14) (Fuvest/2006) Na América Latina, no século XX, aconteceram duas grandes revoluções: a Mexicana de 1910 e a Cubana de 1959. Em ambas, os

a) camponeses sem terra lideraram sozinhos os movimentos.
b) EUA enviaram tropas que lutaram e quase derrotaram os rebeldes.
c) grupos socialistas iniciaram a luta armada, tornando hegemônicas suas idéias.
d) revolucionários derrubaram governos autoritários e alcançaram a vitória.
e) programas revolucionários foram cópias de movimentos europeus.

15) (UEL) Em 1910 um grupo de agricultores mexicanos rebelou-se contra os rumos que o governo impunha a seu país. A revolta seguiu por nove anos com guerrilhas, sabotagens e cercos continuados aos revoltosos. 

Um dos líderes do movimento a que o texto se refere foi: 

 (A) Virgílio Piñera.
 (B) Emiliano Zapata.
 (C) Simon Bolívar.
 (D) José Artigas.
 (E) Pablo Escobar. 

16) A Revolução Mexicana, irrompida em 1911, e a ascensão da União Cívica Radical à Presidência da República na Argentina, em 1916, exprimem casos exemplares das crises oligárquicas ocorridas na América Latina no início do século XX.

Assinale a opção que apresenta corretamente uma importante diferença entre os dois processos mencionados.

a) A Revolução Mexicana foi concebida por oligarquias dissidentes do Porfiriato, enquanto o Radicalismo argentino foi gestado no meio sindical anarquista. 
b) No caso mexicano, o desdobramento do movimento revolucionário contou com forte adesão de setores camponeses, ao passo que o Radicalismo argentino se caracterizou, sobretudo em seu início, como um movimento político da classe média urbana. 
c) O processo revolucionário mexicano assumiu rumos notoriamente bolcheviques após 1917, influenciado pelo êxito da Revolução Russa, ao contrário do Radicalismo argentino, movimento essencialmente conservador. 
d) A Revolução Mexicana foi, desde o início, um processo de insurgência nacional e multi-classista, ao passo que o Radicalismo de Ipólito Yrigoyen se manteve restrito ao meio social portenho da classe média urbana. 
e) A Revolução Mexicana pôs em cena a questão social e agrária de forma radical, ao contrário do Radicalismo argentino que, desde o início, demonstrou indiferença em relação às massas.

17)  (UFRJ 2011)

Fonte: Orosco, José Clemente. Zapatistas (detalhe). Museu de Arte Moderna de Nova York/ AKG Berlim LatinStock, 1931

Há exatos cem anos teve início a Revolução Mexicana, que ocasionou profundas mudanças na sociedade nas primeiras décadas do século XX.

Explique três fatores que tenham contribuído para a deflagração da Revolução Mexicana.

18) (UFU 2011) Em 1876, depois de alguns anos de rebeliões populares, resistência regional à consolidação do governo central e lutas internas entre as elites liberais, Porfírio Díaz chegou ao poder e governou a frágil nação até 1910. Díaz tinha originalmente construído sua reputação como homem do povo, especificamente como líder militar de uma aliança popular que tinha combatido e derrotado os invasores europeus. Entretanto, ele cada vez mais se imaginava um Bismarck ou Napoleão do Novo Mundo, decidido a restaurar a ordem e a estabilidade no México e buscar a modernidade e o desenvolvimento econômico através do autoritarismo.
GERSTLE, Gary. “Raça e Nação nos Estados Unidos, México e Cuba, 1880-1940”. In.
PAMPLONA, Marco A. e DOYLE, Don H (orgs.). Nacionalismo no novo mundo; a formação de Estados-Nação no século XIX. Rio de Janeiro: Record, 2008.

A respeito do projeto de modernização do México, idealizado por Porfírio Díaz e seus conselheiros científicos, marque a alternativa incorreta.

a) Alguns membros da elite porfiriana defendiam que a nação mexicana precisava incorporar de algum modo as massas indígenas, e ressuscitaram, assim, uma narrativa nacionalista sobre os astecas.
b) O ideal de embranquecimento da população estava presente nas preocupações dos conselheiros, que atrelavam a ideia de vigor nacional à necessidade de uma população predominantemente branca.
c) O Estado porfiriano integrou as populações indígenas com o intuito de embranquecê-las a partir de políticas de incorporação que atendiam às reivindicações políticas das tribos.
d) Contingentes cada vez maiores de índios e mestiços deixavam áreas rurais isoladas em direção às regiões comerciais, industriais e de mineração, atraídos pelo projeto de modernização econômica.

19) (Uerj 2010) O problema agrário está na base dos conflitos sociais e políticos da História do México, desde a independência até a revolução. Todas as tentativas de mudança estrutural - Independência, Reforma, Porfiriato, Revolução - decorrem da necessidade essencial de resolver essa questão-chave.

AMÉRICO NUNES
Adaptado de As revoluções do México. São Paulo: Perspectiva, 1980.

Identifique o problema agrário ao qual se refere o autor do texto e estabeleça sua relação com a Revolução Mexicana de 1910.

20) (Ibmecrj 2009) No século XX a América Latina foi marcada pela ocorrência de duas importantes revoluções: a Mexicana de 1910 e a Cubana de 1959. Numa comparação entre elas podemos afirmar que:

I - Ambas foram fortemente influenciadas pelo marxismo que, no caso mexicano, terminou sendo adotado de forma definitiva.
II - No caso cubano não houve necessidade de luta armada, afinal a pressão popular foi suficiente para derrubar Fulgêncio Batista.
III - Em relação ao México, a participação dos Estados Unidos ao lado de Francisco Madero foi determinante para a derrota de Porfírio Diaz. Assinale:


a) Se apenas a afirmativa I for correta.
b) Se apenas a afirmativa II for correta.
c) Se apenas a afirmativa III for correta.
d) Se todas as afirmativas forem corretas.
e) Se todas as afirmativas forem erradas.

21) (Fuvest)  Sobre a Revolução Mexicana:

a) Qual a atuação dos grupos camponeses liderados por Emiliano Zapata e Pancho Villa na Revolução Mexicana?
b) Como foi proposta a solução da questão agrária no Plano de Ayalla?
c) Como foi implantada a Reforma Agrária pela Assembléia Constituinte?

22) (Cesgranrio) Ao longo do século XX, diversos movimentos sociais eclodiram na América Latina. Dentre eles, destacamos a Revolução Mexicana, iniciada em 1911, que se caracterizou, em suas origens, como um movimento:

a) operário pela implantação de um governo socialista no México.
b) nacionalista contrário à dominação política espanhola.
c) burguês em defesa da industrialização do país.
d) camponês de luta por uma reforma agrária.
e) liberal em prol de uma aliança econômica com os Estados Unidos.

23) (Unicamp) A ditadura de Porfirio Díaz (1876-1911) produziu no México uma situação de superficial bem-estar econômico, mas de profundo mal-estar social. (...) Fizeram-no chefe de uma ditadura militar burocrática destinada a sufocar e reprimir as reivindicações revolucionárias. (...) Amparavam-na os capitalistas estrangeiros, tratados então com especial favor.
(José Carlos Mariátegui, A REVOLUÇÃO MEXICANA, COLEÇÃO GRANDES CIENTISTAS SOCIAIS, Ática).

a) Quais as características do desenvolvimento econômico mexicano durante esse período?
b) Explique a situação sócio-econômica da população indígena e camponesa durante a ditadura de Porfirio.
c) Que grupos sociais e políticos se opuseram à ditadura de Porfirio Díaz e desencadearam o processo da revolução mexicana?

24) (UFG) Durante o governo de Porfírio Díaz (1880-1910), o México desenvolveu-se, mas os benefícios desse progresso não alcançaram todos os segmentos sociais. Havia muita pobreza no campo e nas cidades e os camponeses reclamavam terras para trabalhar. Explique como a Revolução Mexicana de 1910 se contrapôs ao projeto porfirista de governo.

25) (PITÁGORAS) Analise a imagem que retrata o revolucionário Emiliano Zapata.

 

Diego Rivera, Emiliano Zapata, the Agrarian Leader, 1932. Acessado em 18/04/2011


Em 2010, a Revolução Mexicana completou cem anos, e nesse processo revolucionário:

a) o objetivo final era derrubar a ditadura de Francisco Madero e implantar o regime democrático proposto por Porfírio Diaz.
b) o clero católico foi de fundamental importância para a vitória camponesa, liderando as ações que levaram à implantação da reforma agrária.
c) a liderança do proletariado urbano combativo ficou nas mãos de Emiliano Zapata e Pancho Villa, assassinados pelas forças conservadoras.
d) a questão central era solucionar o problema da terra, tomada pelos latifundiários às comunidades indígenas e camponesas.
e) a direta participação dos Estados Unidos foi  assistida ao lado das forças conservadoras internas, que acabou por retirar do México cerca de um terço de seu território.

Gabarito:

1) E  2) A  3) E  4) D  5) B  6) B  7) D  8) A  9) A  10) A 11) A  12) E  13) D 14) D 15) B  16) B
17) O fato do crescimento econômico verificado durante o período de governo de Porfírio Diaz (1876-1911) ter sido acompanhado de um cenário de fortes desigualdades regionais e sociais; a queda na produção de gêneros alimentícios básicos como o milho, apesar do aumento da população mexicana; o drama da questão agrária: em torno de 900 grandes proprietários concentravam mais da metade das terras agricultáveis, enquanto cerca de 9 milhões de camponeses não possuíam terras para manter-se e a suas famílias; o autoritarismo dos seguidos governos de Porfírio Diaz, agravado com a reeleição de forma fraudulenta pela oitava vez, acompanhada da perseguição implacável a seu principal oponente, o liberal Francisco Madero; as rebeliões camponesas desencadeadas, ao final de 1910, em várias partes do país sob o lema “Terra e Liberdade”.  
18) C  19) A concentração da propriedade da terra nas mãos de poucos.
A concentração da propriedade da terra acirrou o descontentamento da maioria camponesa e indígena que estava sendo alijada de suas propriedades individuais ou coletivas.
A Revolução Mexicana foi um grande movimento armado que começou em 1910 com uma rebelião liderada por Francisco I. Madero contra o antigo autocrata general Porfirio Díaz. Primeira das grandes revoluções do século XX, a Revolução Mexicana foi caracterizado por uma variedade de líderes de cunho socialista, liberal, anarquista, populista, e em prol do movimento agrário. A Revolução é considerada a princípio como o movimento que derrubou a ditadura e possibilitou a ascensão de Francisco Madero em junho 1911. No entanto, o movimento possuía uma outra dimensão: os camponeses do sul, liderados por Emiliano Zapata, invadiam e incendiavam fazendas e refinarias de açúcar, e ao mesmo tempo organizavam um exército popular. Ao norte, o movimento camponês foi liderado por Pancho Villa , também defendendo a reforma agrária.  20) E
21) a) Zapata liderava os camponeses ao Sul e Villa ao Norte, com papéis vitoriosos.
b) Propondo a reforma agrária imediata, o confisco de 1/3 das terras que estavam nas mãos de grandes latifundiários para serem entregues aos camponeses, a criação de um banco para dar créditos à agricultura e o confisco de bens dos que se opusessem às reformas do Plano.
c) A Constituição mexicana de 1917 proibiu que estrangeiros, igrejas e indústrias tivessem posse de terras. Nacionalização do solo e do subsolo.  22) D
23) a) O período ditatorial de Porfírio Díaz (1876-1911) favoreceu o investimento estrangeiro no México, em especial  de companhias processadoras de artigos alimentícios norte-americanas, o que, de certa forma, contribuiu para a  chamada "situação de superficial bem-estar econômico" como é apresentado no texto enunciado.
b) A ditadura de Porfírio também esteve associada à expropriação de terras indígenas, redução das áreas de culturas  de subsistência para a acomodação de companhias americanas e atração de investimento estrangeiro em geral.
c) O domínio político de Porfírio Díaz foi questionado por grupos liberais, comandados por Francisco Madero,  contrários à reeleição de Díaz, já que por esse mecanismo tornara-se ditador. Os liberais também foram apoiados por  líderes populares como Emiliano Zapata e Pancho Villa, que mobilizaram a população pobre e expropriada para a  chamada Revolução Mexicana, movimento com nítido apelo popular.  
24) A ditadura de Porfírio também esteve associada à expropriação de terras indígenas, redução das áreas de culturas  de subsistência para a acomodação de companhias americanas e atração de investimento estrangeiro em geral. O domínio político de Porfírio Díaz foi questionado por grupos liberais, comandados por Francisco Madero,  contrários à reeleição de Díaz, já que por esse mecanismo tornara-se ditador. Os liberais também foram apoiados por  líderes populares como Emiliano Zapata e Pancho Villa, que mobilizaram a população pobre e expropriada para a  chamada Revolução Mexicana, movimento com nítido apelo popular.   
25) D




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