Em debates locais, ele defendia o homem comum e atacava a aristocracia das plantações. Nos anos 1840 e 1850, como membro da Câmara e do Senado, ele defendeu um projeto de lei para fornecer gratuitamente terras para os pobres.
Johnson permaneceu no Senado mesmo quando o Tennessee, junto com os outros Estados do sul, aderiu à secessão. A decisão o tornou popular no norte dos EUA, pois Johnson estava se mostrando favorável à União, e não ao desmembramento dos EUA.
Por isso, Lincoln o nomeou governador do Tennessee. Os republicanos, argumentando que seu partido era para todos os homens leais, o indicaram para vice-presidente nas eleições de 1864 - apesar de Johnson ser um democrata seguidor da política de Andrew Jackson (presidente entre 1829 e 1836), que defendia a autonomia dos Estados.
Abraham Lincoln foi assassinado em 1865, e Johnson assumiu a presdência. Uma vez no posto máximo do país, Johnson tentou implantar suas políticas de autonomia, contrra as quais se insurgiram vigorosamente os republicanos, que defendiam o controle da União sobre os Estados. Os republicanos dominavam o Congresso, impondo enormes dificuldades à gestão de Andrew Johnson.
Johnson prosseguiu na reconstrução dos ex-Estados confederados enquanto o Congresso estava em recesso. Quando o Congresso se reuniu em dezembro de 1865, a escravidão estava sendo abolida. Mas os "códigos negros", que regulavam os escravos libertados, estavam começando a aparecer.
Os republicanos radicais no Congresso, alarmados com as restrições impostas sobre os negros, agiram para mudar o programa de Johnson. Recusando-se a aceitar qualquer congressista ou senador da antiga Confederação, eles aprovaram medidas voltadas aos ex-escravos. Johnson vetou a legislação. O Congresso derrubou seu veto e aprovou a Lei de Direitos Civis de 1866, estabelecendo os negros como cidadãos americanos e proibindo qualquer discriminação contra eles.
Poucos meses depois, o Congresso submeteu os Estados à 14ª Emenda, que especificava que nenhum Estado podia "privar qualquer pessoa de vida, liberdade ou propriedade sem o devido processo da lei".
O Congresso Nacional dos EUA impunha leis favoráveis aos negros, as quais deviam ser cumpridas em todo o país. Isso desagradava os Estados do sul (ex-confederados), que, acostumados com a escravidão, recusavam-se a conceder direitos aos negros. Caso as propostas de Johnson fossem adotadas, cada Estado iria definir sua posição sobre os negros, o que permitiria políticas racistas no sul.
Todos os ex-estados confederados, com exceção do Tennessee, se recusaram a ratificar a emenda. Ocorreram dois tumultos sangrentos no Sul. Os republicanos radicais conquistaram uma vitória esmagadora nas eleições do Congresso naquele outono.
Em março de 1867, os radicais executaram seu plano de reconstrução, colocando os Estados do Sul sob controle militar. Eles também aprovaram leis impondo restrições sobre o presidente. Quando Johnson supostamente violou uma delas, a Lei de Permanência no Cargo, ao afastar o secretário de Guerra, Edwin M. Stanton, a Câmara vetou onze pedidos de impeachment contra ele. Ele foi julgado pelo Senado na primavera de 1868 e absolvido por um voto.
Em 1875, o Tennessee devolveu Johnson ao Senado. Ele morreu poucos meses depois.
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