Franjo Tudjman é presidente da Croácia. Durante a Segunda Guerra Mundial, combateu com os "partisans" iugoslavos de Josip Broz Tito contra a ocupação alemã e os fascistas (ustachis) croatas comandados por Ante Pavelic. Após chegar a general, abandonou o serviço ativo para exercer as funções de historiador (professor desde 1963), mas cedo entrou em conflito com a linha oficial do Partido Comunista iugoslavo, ao exigir uma maior autonomia para a Croácia. Foi expulso do partido em 1967 e preso em diversas ocasiões (1971-1973, 1981-1984), tornando-se porta-voz do movimento de independência croata. Em 1989, fundou a Comunidade Democrática Croata (HDZ), com a qual obteve a maioria absoluta nas primeiras eleições livres realizadas na Croácia em 1990.
Depois de um referendo, proclamou a independência do país, obtendo o rápido reconhecimento internacional. Os sérvios não aceitaram a separação e iniciou-se um terrível conflito, primeiro na Croácia (desde 1991), e posteriormente na Bósnia (de 1991 a 1995). Após expirar, em 1995, o mandato estabelecido em 1992 por parte das Nações Unidas para um cessar-fogo na Croácia, expulsou os sérvios da Krajina, que ocupavam um terço do território croata. Sob a pressão dos EUA, participou no Tratado de Paz de Dayton sobre o futuro da Bósnia-Herzegovina, celebrado em 1995, do qual saiu fortalecido, aumentando a sua influência na região. Mas a progressiva deterioração das condições econômicas na Croácia, debilitada pelos anos de guerra, desencadeou uma crescente onda de protestos contra a sua política cada vez mais autoritária. Foi, contudo, reconduzido ao poder ao obter 61% dos votos nas eleições de 1997.
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