terça-feira, 14 de outubro de 2014

Ciência pode ter descoberto como realmente atrasar a morte

Por definição, uma pessoa sem atividade cerebral por alguns minutos e sem batimentos do coração é considerada morta. Mas um novo estudo, utilizando técnicas inovadoras, pode mudar os conceitos de vivo e morto, dando uma chance para as pessoas, mesmo depois delas estarem em um estado quase irreversível.

Nosso corpo é uma máquina que funciona sem parar. Todas as operações realizadas por ele ocorrem com o oxigênio servindo de combustível, por isso quando ficamos alguns minutos sem ele, a coisa pode ficar ruim e o cérebro pode sofrer danos irreparáveis. O problema é que em estado normal, nosso corpo consome quantidades enormes de oxigênio. Mas o que aconteceria se pudéssemos fazer esse consumo cair quase para zero?

Pesquisadores da Universidade de Pittsburgh estão desenvolvendo uma técnica que pode fazer a pessoa entrar em um estado de suspensão. A ideia deles é resfriar o corpo rapidamente, pois assim o metabolismo desacelera. Para isso, eles retiram o sangue do corpo, injetando uma solução salina gelada capaz de ajudar no processo de hipotermia controlada.

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A verdade é que os benefícios do resfriamento corporal não são nenhuma novidade, sendo usados em cirurgias do coração, onde o sangue da pessoa vai sendo resfriado, até que seu metabolismo fica lento, dando mais tempo aos médicos caso algum problema ocorra. Porém esse processo é demorado e precisa de uma estrutura muito complicada.

Já o processo de substituição do sangue é rápido e muito mais eficaz, podendo ser realizado em dez minutos. Sem o sangue quente, o metabolismo vai quase a zero, permitindo que o corpo sobreviva por até duas horas sem problemas! Isso é algo que pode mudar o tratamento de vítimas de armas de fogo e acidentes.

A pessoa mortalmente ferida chegaria ao hospital, seria resfriada e os médicos teriam duas horas para consertar o ferimento fatal, sem que a vítima sangrasse até a morte. Assim, até mesmo os mais graves ferimentos poderiam ser tratados de maneira eficaz.

Os primeiros teste foram realizados em porcos, simulando ferimentos a bala. A maioria dos animais sobreviveu aos ferimentos fatais, pois os médicos, após colocarem eles em estado de suspensão, foram capazes de tratar todos os ferimentos na duas horas dadas pela nova técnica.

O próximo passo já está sendo dado. Pessoas em estado grave, devido a ferimentos, que chegarem aos hospital da universidade serão tratadas com essa nova técnica, aumentando as chances de sobrevivência.

Segundo os pesquisadores, depois de ter a substância salina injetada no corpo e o metabolismo estar praticamente parado, a pessoa não está nem viva, nem morta. E quando o sangue começa a ser reinjetado no corpo, o coração volta a bater naturalmente e todas as funções corporais voltam ao normal, sem nenhum tipo de sequela.

Alguns outros pesquisadores já estão trabalhando em outras substâncias, que poderão conservar o corpo por seis horas no estado de suspensão, criando chance ainda maiores para os feridos.

Esse mesmo tipo de técnica pode ser o futuro para viagens no espaço por longos períodos de tempo ou mesmo tomará o lugar da criogenia.

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