Antônio Pedro da Costa foi um pintor e escultor português. Filho de José Maria da Costa (Lisboa, 27 de Setembro de 1880 - ?) e de sua mulher Isabel Savage de Paula Rosa (Lisboa, Santos-o-Velho, 1884 - Cidade da Praia, c. 1930), filha de mãe inglesa. Primo-irmão da mãe de António Sousa Lara. Frequentou as Faculdades de Direito e de Letras de Lisboa e o Instituto de Arte e Arqueologia da Sorbonne, em Paris. Foi um dos principais responsáveis pelo movimento de ruptura artística que se verificou em Portugal nos anos 1930 e 1940 e, paralelamente, pela introdução de novas correntes, principalmente a surrealista, em conjunto com Antônio Dacosta.
Em 1933 cria a galeria UP (1933-1936), onde apresenta a primeira exposição de Maria Helena Vieira da Silva em Portugal (1935).
A exposição que realizou, em 1940, juntamente com este último pintor e com a escultora inglesa Pamela Boden, chamou a atenção para uma realidade violenta e desordenada, inédita na arte portuguesa da época. Na década de 1950 "exilou-se" no Minho, dedicando-se à cerâmica e ao teatro; entre 1953 e 1961, foi diretor, figurinista e encenador do Teatro Experimental do Porto. A Antônio Pedro se deve também a organização da primeira galeria de arte moderna em Portugal, a UP (1933/1938), em Lisboa. Sua produção estendeu-se ainda às áreas de ensaio, crítica de arte e poesia, tendo sido igualmente cronista da BBC em 1944 e 1945.
Obras de Antônio Pedro
Obra poética
1926 - Os meus 7 pecados Capitais, Coimbra.
1927 - Ledo Encanto, Lisboa, J. Rodrigues & Cª.
1928 - Distância Canções de António Pedro, Lisboa, Gomes & Rodrigues, Lda.
1928 - Devagar, Lisboa, Edição de autor
1929 - Diário. Espécie de Confidências, Praia, Imprensa Nacional de Cabo Verde.
1931 - Máquina ne Vidro. Canções, Lisboa, Bertrand
1932 - A Cidade, Oficinas gráficas UP, Separata da "Página Literária" de Revolução, 16 de Junho.
1935 - 15 Poèmes au hasard, Paris, Édition UP.
1936 - Primeiro Volume. Canções e outros poemas / 1927 - 1935, Lisboa, Edições Revelação.
1938 - Onze poemas líricos de exaltação e o folhetim.
1938 - Casa de campo, Lisboa, Edição do autor.
1949 - Protopoema da Serra d'Arga, Ed. Cadernos Surrealistas, Lisboa
1951 - "Invocação para um poema marítimo", Unicórnio, Lisboa, Maio
Outras obras escritas
1931 - Esboço para uma revisão de valores, Lisboa, Gráficas U.P.
1939 - Grandeza e virtudes da Arte Moderna, resposta à agressão do sr. Ressano Garcia, Lisboa, Sociedade Industrial de Tipografia.
1942 - Apenas uma narrativa, Lisboa, Editorial Minerva.
1948 - Introdução a uma história da arte: génese e características do fenómeno estético, Lisboa, Revista Horizonte.
1950 - O Teatro e a sua verdade, Lisboa, Editora Confluência.
1952 - Martírios de fingimento, Lisboa, Maranus.
1962 - Pequeno tratado de encenação, Porto, Editoral Confluência.
1981 - Teatro, Introdução por Luiz Francisco Rebello, Lisboa, Biblioteca Nacional.
Obras plásticas
1934 - Le Crachat Embelli.
1935 - Poema no espaço (objecto); Aparelho metafísico de meditação (objecto); Transmissão.
1936 - Dança de roda (sabat).
1939 - O Anjo da guarda; O Avejão lírico; Transmissão.
1940 - Ilha do cão; Intervenção romântica; Madrugada (cena com um enforcado).
1941 - Nós dois no Brasil
1943 - Tríptico solto de Moledo.
1944 - A Fantastic Figure and Animal in a Interior.
1946 - Rapto na paisagem povoada.
1948 - O Amanhecer das virgens.
1952 - Duas esculturas de bronze (sem título).
1955 - Três esculturas de cerâmica (sem título).
A Ilha do Cão, 1941, óleo sobre tela, 150 x 180 cm
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