Os moradores do povoado de Mariel, a cerca de 40 km de Havana, estão empolgados com as oportunidades que serão geradas pelo porto de Mariel, inaugurado esta semana pela presidente Dilma Rousseff e pelo líder cubano Raúl Castro.
O projeto, construído em sua maior parte pela brasileira Odebrecht por meio de um financiamento de US$ 957 milhões (R$ 2,3 bilhões) do BNDES, prevê a modernização da estrutura do porto e a criação de uma zona franca, que atraia mais investimentos externos para o país.
Nos anos 1980, o porto de Mariel foi a porta de saída de mais de 120 mil cubanos, os chamados "marielitos", que deixaram o país em balsas rumo aos Estados Unidos.
Hoje, os moradores acreditam em um futuro com mais empregos.
O governo brasileiro aposta na suspensão futura do embargo norte-americano à ilha, que poderia se tornar o local ideal para produzir e exportar produtos brasileiros para a América Central e para os EUA.
No entanto, partidos da oposição afirmam que o governo Dilma Rousseff investe mais em Mariel do que nos portos nacionais, e acusam a presidente de direcionar os investimentos a Cuba devido a um alinhamento ideológico com Havana.
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