Felipe González Márquez é uma das figuras mais importantes da história política da Espanha. Foi Secretário Geral do Partido Operário Espanhol de 1974 a 1977, e Primeiro-ministro, de 1982 a 1996.
Filiou-se a juventude socialista sevilhana em 1962 e ingressou no Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) dois anos depois. Em 1965, concluiu o curso de direito em Sevilha e, após uma breve passagem pela universidade belga de Lovaina, começou a trabalhar como advogado trabalhista.
Viajou pela Espanha em defesa dos mineiros, obreiros e trabalhadores. Em 1974, foi eleito primeiro secretario do partido, ainda na clandestinidade. Em 18 de fevereiro de 1976, 3 meses após a morte de Franco, González, aos 34 anos, apareceu na televisão por menos de 1 minuto e os espanhóis perceberam que havia uma nova geração de políticos.
Felipe González foi eleito pela primeira vez em outubro de 1982, e depois foi reeleito para quatro mandatos sucessivos, deixando seu posto como presidente do governo espanhol em 1996. Nesses quatorze anos ininterruptos de poder, governou apoiado por um parlamento majoritário e disciplinado, que lhe permitiu a aprovação no Congresso de todos os seus projetos e reformas, além do controle, direto ou indireto, do Conselho Geral do Poder Judiciário, do Tribunal Constitucional, do Tribunal de Contas, do Conselho de Estado e do Banco de Espanha.
González foi eleito com um programa de governo que defendia a estabilização econômica e uma política de reestruturação industrial e de crescimento econômico voltado para o aumento do emprego e da eqüidade social. Mesmo enfrentando períodos de baixo crescimento, ele aprofundou as reformas estruturais e deu os passos para o ingresso da Espanha na União Européia.
Contudo, no início da década de 1990, um novo período de crise obrigou González a adotar uma política de austeridade que enfraqueceu o seu governo. Na campanha de 1996, as eleições foram vencidas pelo conservador Partido Popular e seu líder, José Maria Aznar, tornou-se o primeiro-ministro.
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