O videogame está presente na vida de crianças e adultos e, apesar de parecer uma simples atividade de entretenimento, pode também trazer benefícios para a saúde.
Antigamente, os jogos eram limitados e exigiam menos dos jogadores; porém, com o passar do tempo, eles foram se aperfeiçoando e hoje exigem habilidade, movimentos maiores e harmonia corporal, como explicaram o médico do esporte Gustavo Magliocca e a pediatra Ana Escobar no Bem Estar desta sexta-feira (11).
Por isso, atualmente, o videogame pode melhorar a coordenação motora, o aprendizado e a atenção de quem joga. Além disso, existem ainda jogos que permitem que a pessoa dance ou faça exercícios físicos - nesse caso, a atividade proposta pelo jogo faz a pessoa mexer todo o corpo e gastar calorias de uma maneira divertida.
No caso da coordenação motora, o médico do esporte Gustavo Magliocca explica que os jogos de antigamente desenvolviam apenas os membros superiores, mas como agora o videogame já exige movimentos do corpo todo, desenvolve também a coordenação geral. Além de melhorar a atenção, os especialistas explicaram também que jogar pode aumentar os reflexos, melhorar a memória e até o equilíbrio.
Em algumas escolas, inclusive, o videogame é usado como uma ferramenta de aprendizado. Porém, até mesmo em casa é possível aprender jogando, como foi o caso do professor de inglês e tradutor Bruno Beltran Seixas, mostrado na reportagem da Natália Ariede (veja no vídeo ao lado).
Viciado em videogame, ele percebeu que aprendeu inglês por causa dos jogos e começou a se interessar mais pelo idioma até começar a dar aulas, onde também usa os jogos com os alunos. Segundo a pediatra Ana Escobar, o videogame facilita o aprendizado porque envolve motivação e competição.
Há ainda a possibilidade de usar os jogos na reabilitação terapêutica - na prática, o jogo faz com que o paciente que sofreu um trauma, AVC ou parada cardíaca, por exemplo, melhore seu desempenho e tenha resultados maiores em curto prazo, como mostrou a reportagem da Natália Ariede (confira no vídeo ao lado).
De acordo com o médico do esporte Gustavo Magliocca, isso acontece porque participar do jogo provoca uma descarga de adrenalina, os músculos ficam ativos e o paciente consegue suportar melhor a dor e chegar mais perto do seu limite. Se ele vence no jogo, por exemplo, entra a ação da serotonina, hormônio que promove a sensação de bem-estar e prazer, o que pode ajudar na recuperação e tratamento.
Apesar de todos esses benefícios, vale lembrar que jogar videogame o dia inteiro não é o ideal. De acordo com a pediatra Ana Escobar, dosar o tempo é importante - a recomendação, para evitar que vire um vício, é jogar duas horas por dia.
É preciso ainda tomar alguns cuidados na hora de jogar, como por exemplo, deixar a tela da televisão um pouco afastada para não afetar os olhos. Pessoas com histórico de epilepsia ou que sintam tontura ao jogar também devem tomar cuidado e, se for o caso, suspender os jogos por um tempo.
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