Publius Vergilius Maro, ou simplesmente Virgílio foi um poeta romano. Nasceu em 70 a.C perto de Mântua em uma família de camponeses. Estudou filosofia e retórica em Cremona, Milão e finalmente Roma, com grandes mestres, e passou a freqüentar os círculos eruditos da cidade. Protegido de Mecenas, tornou-se o poeta oficial do imperador Augusto.
Sua obra se compõe das "Bucólicas", uma coleção de 10 poemas inspirados na poesia pastoral grega de Téocrito de Siracusa (séc. 3 a.C.), composta provavelmente entre 42 e 38 a.C.; das quatro "Geórgicas", que fazem um elogio da Itália e tratam didaticamente de temas como a lavoura, a avicultura e a apicultura, escritas provavelmente em 29 a.C.; e finalmente da epopeia que o imortalizou, a "Eneida".
Essa obra épica narra a viagem do troiano Enéas, filho de Vênus, a quem os deuses encarregaram de lançar a pedra fundamental de uma cidade que, mais tarde, seria Roma. É portanto um elogio do Império, dedicado ao imperador Augusto, e que ressalta a nobreza e a divindade das origens de Roma.
Em 23 a.C., o poeta apresentou-a parcialmente à família imperial, mas morreu antes de dar ao texto todos os retoques finais. Diz a lenda que Virgílio, pouco antes de morrer, pediu aos amigos que queimassem o manuscrito do seu famoso poema, pois só assim acabaria os penosos onze anos de trabalho que lhe havia dedicado, na busca de uma perfeição inatingível.
A "Eneida" é um poema belíssimo e muito complexo que obriga o leitor a repensar a epopeia e a tragédia grega. Sua fantasia e sua linguagem são ricas e variadas e as questões teológicas e morais que levanta têm frustrado todas as tentativas de solução. Apesar do caráter épico e exaltativo, o poema não deixa de ter aspectos melancólicos que ressaltam a sensação de perda do ser humano.
Virgílio morreu em 19 a.C, aos 50 anos de idade, em Brundísio.
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