Gore Vidal, ou Eugene Luther Vidal foi um romancista, dramaturgo, ensaísta, roteirista e ativista político dos Estados Unidos. Nasceu na Academia Militar de West Point, no estado de Nova York e foi criado em Washington, D.C. Seu pai, um pioneiro da aviação, trabalhou para o governo Roosevelt e seu avô foi senador.
Começou a escrever contos e poemas ainda na adolescência. Em 1943, aos 18 anos, se alistou no exercito, onde permaneceu até 1946. A bordo de um navio, durante a Segunda Guerra Mundial, redigiu seu primeiro romance, "Williwaw", baseado em suas experiências militares. Entre 1947 e 1949, viveu na cidade de Antigua, na Guatemala, onde escreveu "Em um bosque amarelo", sobre as dificuldades de um ex-combatente em adaptar-se à vida civil, e "A cidade e o pilar", que incomodou o público conservador com seu caráter homossexual.
Nos anos 50 lançou "À procura de um rei", "O julgamento de Páris" e "Messias". Foi então que se dedicou a criar roteiros para televisão e cinema, além de peças de teatro.
Gore Vidal sempre foi ativo na política. Em 1960 chegou a concorrer, sem sucesso, ao Congresso americano como candidato democrata em Nova York. Porta voz dos direitos civis e das minorias, defendia a "consciência crítica" diante do imperialismo.
Nos anos 60 e 70 viveu na costa amalfitana, na Itália, e apareceu como ele mesmo em "Roma" de Fellini (1972). Em 1964 reiniciou sua carreira literária com a biografia do imperador romano "Juliano".Com o pseudônimo de Edgar Box, Gore Vidal escreveu uma série de histórias de detetive.
"A Era Dourada: Narrativas do Império", encerrou a série de sete romances históricos que pretenderam ser uma biografia dos Estados Unidos. Os volumes são "Washington", "Burr", "Lincoln", "1876", "Império" e "Hollywood".
Em 2005, Jay Parini foi designado executor literário de Vidal.
Em 2009, Vidal foi agraciado com a medalha de anual da National Book Foundation, pela sua contribuição para a literatura norte-americana, como um "proeminente crítico social de política, história, literatura e cultura".
Morreu no dia 31 de Julho de 2012 de pneumonia, em Hollywood.
Obras de Gore Vidal
- Williwaw
- 1876,
- À Procura do Rei
- Burr
- Era Dourada: Narrativas do Império
- Palimpsesto
- Fundação Smithsonian
- Kalki
- Messias
- Sonhando a Guerra
- Myra Breckinridge
- Myron
- Duluth
- Criação
- O Julgamento de Paris
- A Cidade e o Pilar
- Juliano
- Em directo do Calvário
- Washington D.C.
- Império
- Navegação Ponto Por Ponto
- Um Momento de Louros Verdes
Célebres frases de Gore Vidal
1) Cada vez que um amigo faz sucesso, eu morro um pouco.
2) Um escritor deve sempre dizer a verdade, a não ser que seja jornalista.
3) Metade dos americanos nunca votou para presidente, e metade jamais leu um jornal. Esperamos que seja a mesma metade.
4) Quando alguém me pergunta se posso guardar um segredo, respondo: “Por que eu deveria, se você não pôde?”
5) Estilo é você saber quem é, e dizer o que quiser, sem dar a mínima importância para o resto.
6) Toda pessoa pronta para disputar a presidência dos Estados Unidos deveria, automaticamente, ser impedida de concorrer.
7) John Kennedy foi um dos homens mais charmosos que conheci. E também um dos piores presidentes.
8) Nunca tenha filhos, apenas netos.
9) Andy Warhol é o único gênio que conheci com 60 de QI.
10) Uma boa ação jamais deixa de ser punida.
11) Democracia é o direito de escolher entre o Analgésico A e o Analgésico B. Mas ambos são aspirinas.
12) Temos que parar de nos gabar que somos a maior democracia do mundo. Sequer somos democracia. Somos uma república militarizada.
13) Hoje as pessoas públicas não conseguem escrever seus discursos e nem suas memórias. Não sei se conseguem sequer ler.
Nenhum comentário:
Postar um comentário