Artigo sobre Arcadismo: caraterísticas e principais representantes e obras com questões de vestibular.
Origem do Arcadismo
O Arcadismo, também conhecido como Neoclassicismo, surgiu no continente europeu no século XVIII, durante uma época de ascensão da burguesia e de seus valores sociais, políticos e religiosos. Esta escola literária caracterizava-se pela valorização da vida bucólica e dos elementos da natureza. O nome originou-se de uma região grega chamada Arcádia (morada do deus Pan).
Os poetas desta escola literária escreviam sobre as belezas do campo, a tranqüilidade proporcionada pela natureza e a contemplação da vida simples. Portanto, desprezam a vida nos grandes centros urbanos e toda a vida agitada e problemas que as pessoas levavam nestes locais. Os poetas arcadistas chegavam a usar pseudônimos (apelidos) de pastores latinos ou gregos.
O Arcadismo no Brasil
No Brasil, o arcadismo chega e desenvolve-se na segunda metade do século XVIII, em pleno auge do ciclo do ouro na região de Minas Gerais. É também neste momento que ocorre a difusão do pensamento iluminista, principalmente entre os jovens intelectuais e artistas de Minas Gerais. Desta região, que fervia culturalmente e socialmente nesta época, saíram os grandes poetas.
Entre os principais poetas do arcadismo brasileiro, podemos destacar Cláudio Manoel da Costa (autor de Obras Poéticas), Tomás Antônio Gonzaga (autor de Liras, Cartas Chilenas e Marília de Dirceu), Basílio da Gama (autor de O Uraguai) , Frei Santa Rita Durão (autor do poema Caramuru) e Silva Alvarenga (autor de Glaura).
Principais Características do Arcadismo no Brasil
2) VERSOS BRANCOS – Ao contrário do Barroco, o poeta árcade pode usar o verso branco (sem rima), numa atitude que simboliza liberdade na criação. No Brasil, Basílio da Gama foi o mais ousado: compôs o livro O Uraguai (poema épico) sem fazer uso da rima.
3) A POESIA COMO IMITAÇÃO DA NATUREZA – Os árcades copiavam os modelos clássicos antigos ou renascentistas, numa flagrante falta de originalidade. O poeta buscava, na natureza, os modelos de beleza, bondade e perfeição. Falta, pois, ao árcade a capacidade de inventar, comum nos poetas do Barroco, do Romantismo, do Simbolismo e do Modernismo.
Características estilísticas do Arcadismo
a) OPOSIÇÃO AO BARROCO – Proposta de linguagem simples, de frases na ordem direta e de palavreado de uso popular, ou seja, o contrário das pregações do seiscentismo.
b) VERSOS BRANCOS – Ao contrário do Barroco, o poeta árcade pode usar o verso branco (sem rima), numa atitude que simboliza liberdade na criação. No Brasil, Basílio da Gama foi o mais ousado: compôs o livro O Uraguai (poema épico) sem fazer uso da rima.
c) A POESIA COMO IMITAÇÃO DA NATUREZA – Os árcades copiavam os modelos clássicos antigos ou renascentistas, numa flagrante falta de originalidade. O poeta buscava, na natureza, os modelos de beleza, bondade e perfeição. Falta, pois, ao árcade a capacidade de inventar, comum nos poetas do Barroco, do Romantismo, do Simbolismo e do Modernismo.
d) COMPROMISSO COM A BELEZA, O BEM, A PERFEIÇÃO – Compromisso com a poesia descritiva e objetiva. Nesse aspecto, a poesia árcade faz lembrar a época parnasiana. Há mais preocupação com situações do que com emoções.
e) PASTORALISMO – O poeta do Arcadismo imagina-se, na hora de produzir poemas, um “pastor de ovelhas”. É de supor que um pastor não disponha de linguagem sofisticada. Daí a idéia de simplicidade no escrever. O próprio tema da poesia converge para assuntos bucólicos, amorosos, com riachos, campinas, fontes, rebanho, ovelhas, cajado. A própria condição de amar e ser feliz é condicionada à convivência campestre.
f) USO DE PSEUDÔNIMOS – O poeta árcade adota nome falso porque se considera um “pastor de ovelhas”. É como se o escritor tivesse duas identidades: uma real, outra especial, usada apenas para compor poesias. Tomás Antônio Gonzaga, o nosso maior poeta árcade, era advogado e político na vida real. Na momento de compor poemas, transformava-se em Dirceu, um simples (às vezes nem tanto) pastor de ovelhas.
g) PRESENÇA DE MUSAS – Diz-se que a condição precípua para ser poeta, no Arcadismo, era estar apaixonado. Exageros à parte, a maioria dos poetas árcades brasileiros notabilizaram-se fazendo poesias líricas para suas amadas. Alguns comedidos (caso de Gonzaga que se inspirava em uma só mulher: Marília), outros mais ousados (caso de Cláudio Manuel da Costa que fazia poemas para Nise e Eulina), a verdade é que poucos se aventuraram à lavra pura e simples da poesia dissociada da figura feminina.
Principais representantes do Arcadismo no Brasil
Claudio Manuel da Costa vida e obras
"Quem deixa o trato pastoril, amado,
Pela ingrata civil correspondência,
Ou desconhece o rosto da violência,
Ou do retiro da paz não tem provado."
Principais obras de Claudio Manuel da Costa
Escreveu: "Munúsculo Métrico", romance heroico, "Epicédio em Memória de Frei Gaspar da Encarnação", "Labirinto de Amor", "Culto ao Métrico" e "Números Harmônicos" - todas obras menores, criticadas, inclusive, pelo próprio poeta devido ao excesso de metáforas, no "Prólogo ao Leitor", de sua mais importante composição, "Obras" (1768).
Escreveu ainda, a poesia narrativa "Fábula ao Ribeirão do Carmo" e o poema épico "Vila Rica". Mesmo seguindo as regras do arcadismo, são obras de pouca qualidade em relação aos poemas bucólicos. Há ainda a peça musical "O Parnaso Obsequioso" e também algumas traduções da obra do árcade italiano Metastasio.
Basílio da Gama vida e principais obras
Nasceu em 8 de abril de 1741, em São José do Rio das Mortes (hoje Tiradentes), Minas. Morreu em Lisboa, em 1795.
Estudou com os jesuitas: era noviço quando Pombal decretou a expulsão dos padres do Brasil.
Em 1795, expulsos os jesuítas, segue para Roma, onde seus mestres fazem que seja aceito na Arcádia Romana (fundada em 1690).
Em Lisboa, é preso por suspeição de jesuitismo e condenado ao degredo. Salva-se dirigindo um Epitalâmio (poema nupcial) à filha do Marquês de Pombal.
Nome Árcade: Termindo Sipílio.
Tipo de poesia que cultivou: épica.
Obra máxima:
O Uruguai (1769), poema épico composto para exaltar os portugueses e satirizar os jesuítas do Brasil. O livro trata da luta que portugueses e espanhóis moveram contra indígenas e jesuítas em Sete Povos das Missões, no Uruguai (hoje Rio Grande do Sul), em 1759.
O Uruguai (1769), poema épico composto para exaltar os portugueses e satirizar os jesuítas do Brasil. O livro trata da luta que portugueses e espanhóis moveram contra indígenas e jesuítas em Sete Povos das Missões, no Uruguai (hoje Rio Grande do Sul), em 1759.
Vejamos uma das passagens mais famosas de sua obra: a morte de Lindoia.
"Na idade que eu, brincando entre os pastores,
Andava pela mão e mal andava,
Uma ninfa comigo então brincava,
Da mesma idade e bela como as flores."
Andava pela mão e mal andava,
Uma ninfa comigo então brincava,
Da mesma idade e bela como as flores."
"Açouta o campo coa ligeira cauda
O irado monstro, e em tortuosos giros
Se enrosca no cipreste, e verte envolto
Em negro sangue o lívido veneno.
Leva nos braços a infeliz Lindóia
O desgraçado irmão, que ao despertá-la
Conhece, com que dor! No frio rosto
Os sinais do veneno, e vê ferido
Pelo dente sutil o brando peito." O Uruguai
O irado monstro, e em tortuosos giros
Se enrosca no cipreste, e verte envolto
Em negro sangue o lívido veneno.
Leva nos braços a infeliz Lindóia
O desgraçado irmão, que ao despertá-la
Conhece, com que dor! No frio rosto
Os sinais do veneno, e vê ferido
Pelo dente sutil o brando peito." O Uruguai
Tomás Antônio Gonzaga vida e principais obras
Tomás Antônio Gonzaga, filho de pai brasileiro, é natural do Porto, Portugal, onde nasceu a 11 de agosto de 1744, e morreu em Moçambique, em data desconhecida, aproximadamente entre os anos 1809 e 1810.
Diplomou-se em Direito pela Universidade de Coimbra celebrizou Marília, seguindo a magistratura. Foi ouvidor e procurador dos defuntos e ausentes em Vila Rica, atual cidade de Ouro Preto-MG, onde conheceu e apaixonou-se por Maria Dorotéia Joaquina de Seixas, idealizada sob o nome de Marília, personagem do livro que o celebrizou—Marília de Dirceu, sendo Dirceu o nome arcaico de Tomás Antônio Gonzaga.
Sendo acusado de participação na Inconfidência Mineira, foi condenado e preso por três anos nas masmorras da ilha Cobras-RJ, onde talvez tenha escrito as mais notáveis de suas liras. Condenado ao degredo por dez anos, em Moçambique, casou-se com Juliana Mascarenhas de Sousa, filha de um rico mercador.
Foi autor de liras amorosas—Marília de Dirceu—e de poemas satíricos em forma de cartas—Cartas Chilenas.
Tomás Antônio Gonzaga é considerado um dos grandes poetas do Arcadismo brasileiro, e seus versos, fugindo à tendência da época, são marcados por expressão própria, pela harmonização dos elementos racionais e afetivos e por um toque de sensualidade pouco pronunciado, senão ausente, nos outros autores árcades.
Sua obra apresenta características transitórias para o Romantismo, como a supervalorização do amor e a idealização da mulher em Marília de Dirceu.
"Eu vi o meu semblante numa fonte,
Dos anos ainda não está cortado;
Os Pastores, que habitam este monte,
Respeitam o poder de meu cajado." Marília de Dirceu
" Assim o nosso chefe não descansa
De fazer, Doroteu, no seu governo,
Asneiras sobre asneiras e, entre as muitas,
Que menos violentas nos parecem,
Pratica outras que excedem muito e muito
As raias dos humanos desconcertos." Cartas Chilenas
Principais Obras De Tomas Antônio Gonzaga
- Marília de Dirceu
- Cartas chilenas
- Tratado de Direito Natural
Santa Rita Durão
Faleceu em Lisboa, em 1784.
Com pouca idade, foi mandado para Portugal, onde realizou estudos de Filosofia e Teologia, tomando hábito aos dezesseis anos.
Envolvido na polêmica contra os jesuítas, refugiou-se na Espanha e, mais tarde, na França e na Itália.
De suas produções poéticas, ficou o poema épico Caramuru (Lisboa, 1871), feito à imitação direta de Os Lusíadas, de Camões.
Principais obras de Santa Rita Durão
O URAGUAI
Dados importantes sobre o livro:
1. CLASSIFICAÇÃO – Poema épico, escrito em decassílabos brancos, sem divisão em estrofes. Foge, assim, à imitação de Os Lusíadas, de Camões.
2. OBJETIVO DA OBRA – Satirizar os jesuítas e agradar o Marquês de Pombal, protetor do poeta.
3. PERSONAGENS PRINCIPAIS:
Lindóia – índia; heroína que morre picada por uma cobra.
Cacambo – índio guerreiro; esposo de Lindóia.
Pe. Balda – jesuíta; vilão da história.
Caitutu – índio guerreiro; irmão de Lindóia.
Tanajura – índia feiticeira.
Gomes Freire de Andrade – chefe das tropas portuguesas.
CARAMURU
Dados importantes sobre o livro:
1. CLASSIFICAÇÃO – Poema épico, escrito em decassílabos rimados, com divisão em cantos e estrofes. Imita, assim, o esquema tradicional imposto por Camões em Os Lusíadas.
2. TEMA CENTRAL – O poema narra, em dez cantos, o naufrágio de Diogo Álvares Correia (na costa da Bahia) e suas aventuras amorosas com as índias, sobretudo com Paraguaçu e Moema. O material é vasto: fatos da História, o temperamento e as lendas dos indígenas. O poema segue o esquema clássico camoniano, usando a oitava rima, obedecendo à divisão tradicional em proposição, invocação, dedicatória, narrativa e epílogo.
3. PERSONAGENS PRINCIPAIS de Caramuru
Diogo Álvares Correia – herói; náufrago português.
Paraguaçu – índia, filha do cacique.
Moema – amante de Diogo; morre afogada.
Taparica – cacique; pai da índia Paraguaçu.
Vejamos um trecho da obra de Santa Rita Durão: ( O Uraguai)
“- Bárbaro (a bela diz) tigre e não homem...
Porém o tigre, por cruel que brame,
Acha forças no amor, que enfim o domem;
Só a ti não domou, por mais que eu te ame.
Fúrias, raios, coriscos, que o ar consomem,
Como não consumis aquele infame?
Mas pagar tanto amor com tédio e asco...
Ah! Que corisco és tu...raio...penhasco”
(Trecho do Canto VI, onde narra a morte de Moema)
“- Bárbaro (a bela diz) tigre e não homem...
Porém o tigre, por cruel que brame,
Acha forças no amor, que enfim o domem;
Só a ti não domou, por mais que eu te ame.
Fúrias, raios, coriscos, que o ar consomem,
Como não consumis aquele infame?
Mas pagar tanto amor com tédio e asco...
Ah! Que corisco és tu...raio...penhasco”
(Trecho do Canto VI, onde narra a morte de Moema)
Silva alvarenga vida e obras
Silva Alvarenga (Vila Rica [Ouro Preto] MG, 1749 - Rio de Janeiro RJ, 1814) fez estudos de Matemática e de Direito Canônico na Universidade de Coimbra (Portugal) entre 1773 e 1776. Era músico, mas não seguiu a carreira por proibição do pai. De volta ao Brasil, participou na Colônia Ultramarina, prolongamento da Arcádia Romana em Minas, com o pseudônimo de Alcindo Palmireno, por volta de 1768, em Ouro Preto MG. Na década de 1780 foi professor de Retórica e Poética no Rio de Janeiro. Em 1786, foi fundador, elaborador dos estatutos e secretário da Sociedade Literária, o que o levou a ser preso entre 1794 e 1797, por acusação de conspiração contra o governo; foi solto por clemência de D. Maria I. Nos anos de 1813 e 1814 colaborou em O Patriota, de Manuel Ferreira de Araújo Guimarães, a primeira revista de cultura impressa no Brasil após a chegada de D. João VI. Sua obra poética constitui-se dos livros O Desertor (1774), O Templo de Netuno (1777), A Gruta Americana (1779), Às Artes (1778) e, o mais famoso, Glaura (1799). Silva Alvarenga é um dos principais poetas árcades brasileiros. Para o crítico José Aderaldo Castello, em sua obra “ressalta-se, em primeiro plano, a atitude de transição assumida pelo poeta entre o espírito servil e bajulador e o espírito independente dos autores da literatura brasileira colonial, em relação aos mandatários e poderosos de Portugal.”
Principais obras de Silva Alvarenga
O Desertor das Letras". Comungou dos ideais neoclássicos e na Arcádia tinha o nome de Alcindo Palmireno. É conhecido como um dos poetas da Pléiade Mineira.
Obras: O Desertor das Letras (Coimbra, 1774), Glaura – Poemas Eróticos (Lisboa, 1799).
Obras: O Desertor das Letras (Coimbra, 1774), Glaura – Poemas Eróticos (Lisboa, 1799).
Veja um trecho de sua principal obra Glaura:
Carinhosa e doce, ó Glaura,
Vem esta aura lisonjeira,
E a mangueira já florida
Nos convida a respirar.
Sobre a relva o sol doirado
Bebe as lágrimas da Aurora,
E suave os dons de Flora
Neste prado vê brotar.
Características das obras de Silva Alvarenga
Identificado com a filosofia da ilustração, a exemplo de outros árcades, Manuel Inácio da Silva Alvarenga, em Glaura, também cultiva uma lírica de inspiração galante.
As caracteristicas de seus poemas são marcados por rondós* e madrigais* .
Identificado com a filosofia da ilustração, a exemplo de outros árcades, Manuel Inácio da Silva Alvarenga, em Glaura, também cultiva uma lírica de inspiração galante.
As caracteristicas de seus poemas são marcados por rondós* e madrigais* .
*Rondó: composição poética com estribilho constante.
*Madrigal: composição poética galante e musical.
Arcadismo questões vestibular
1) (ITA) Uma das afirmações abaixo é incorreta. Assinale-a:
a) O escritor árcade reaproveita os seres criados pela mitologia greco-romana, deuses e entidades pagãs. Mas esses mesmos deuses convivem com outros seres do mundo cristão.
b) A produção literária do Arcadismo brasileiro constitui-se sobretudo de poesia, que pode ser lírico-amorosa, épica e satírica.
c) O árcade recusa o jogo de palavras e as complicadas construções da linguagem barroca, preferindo a clareza, a ordem lógica na escrita.
d) O poema épico Caramuru, de Santa Rita Durão, tem como assunto o descobrimento da Bahia, levado a efeito por Diogo Álvares Correia, misto de missionários e colonos português.
e) A morte de Moema,índia que se deixa picar por uma serpente, como prova de fidelidade e amor ao índio Cacambo, é trecho mais conhecido da obra O Uruguai, de Basílio da Gama.
2) (ITA) Dadas as afirmações:
I) O Uruguai, poema épico que antecipa em várias direções o Romantismo, é motivado por dois propósitos indisfarçáveis: exaltação da política pombalina e antijesuitismo radical.
II) O (A) autor(a) do poema épico Vila Rica, no qual exalta os bandeirantes e narra a história da atual Ouro Preto, desde a sua fundação, cultivou a poesia bucólica, pastoril, na qual menciona a natureza como refúgio.
III) Em Marília de Dirceu, Marília é quase sempre um vocativo; embora tenha a estrutura de um diálogo, a obra é um monólogo – só Gonzaga fala, raciocina; constantemente cai em contradição quanto à sua postura de Spastor e sua realidade de burguês.
Está(ão) Correta(s):
a) Apenas I
b) Apenas II
c) Apenas I e II
d) Apenas I e III
e) Todas
3) Quanto à linguagem árcade marque a(s) alternativa(s) correta(s):
a) prefere a ordem indireta, tal como no latim literário;
b) tornou-se artificial, pedante, inatural;
c) procura o comedimento, a impessoalidade, a objetividade;
d) manteve as ousadias expressionais do Barroco;
e) promove um retorno às “virtudes clássicas”da clareza, da simplicidade e da harmonia.
4) Poema satírico sobre os desmando administrativos e morais imputados a Luís da Cunha Menezes, que governou a Capitania das Minas de 1783 e 1788:
a) Marília de Dirceu
b) Vila Rica
c) Fábula do Ribeirão do Carmo
d) Caras Chilenas
e) O Uruguai
5) (UFPE) Assinale as afirmativas verdadeiras e as afirmativas falsas.
0) O arcadismo tem como um dos traços principais a inspiração clássica
1) A natureza é a base da sabedoria para os árcades
2) O Arcadismo Brasileiro se caracteriza por sua forte religiosidade
3) Tomás Antônio Gonzaga nos deixou uma poesia marcada pela pobreza de expressão e pela banalidade
4) O melhor da produção dos árcades brasileiros está no teatro
6) (PUC-MG) A QUESTÃO APRESENTA TRECHOS DE TEXTOS QUE PERTENCEM A DETERMINADO ESTILO DE ÉPOCA. RELACIONE CADA TRECHO AO SEU RESPECTIVO ESTILO, DE ACORDO COM AS INFORMAÇÕES CONTIDAS NAS ALTERNATIVAS A SEGUIR.
"Sou pastor, não te nego; os meus montados
São esses, que aí vês; vivo contente
Ao trazer entre a relva florescente
A doce companhia dos meus gados."
a) Barroco:
homem barroco é angustiado, vive entre religiosidade e paganismo, espírito e matéria, perdão e pecado. As obras refletem tal dualismo, permeado pela instabilidade das coisas.
b) Arcadismo:
Em oposição ao Barroco, esse estilo procura atingir o ideal de simplicidade. Os árcades buscam na natureza o ideal de uma vida simples, bucólica, pastoril.
c) Romantismo:
A arte romântica valoriza o folclórico, o nacional, que se manifesta pela exaltação da natureza pátria, pelo retorno ao passado histórico e pela criação do herói nacional.
d) Parnasianismo:
A poesia é descritiva, com exatidão e economia de imagens e metáforas.
e) Modernismo:
Original e polêmico, o nacionalismo nele se manifesta pela busca de uma língua brasileira e informal, pelas paródias e pela valorização do índio verdadeiramente brasileiro.
7) (UFPA) O Arcadismo é um estilo de época que pode ser definido, segundo o que determina a seguinte afirmação:
a) Nesse período o homem é regido pelas leis físico-químicas, pela hereditariedade e pelo meio social
b) A poesia dessa época dá ênfase ao poder de vidência do artista
c) Destaca-se nessa fase certo gosto pelo equilíbrio, pela simplicidade e pela harmonia, a partir dos modelos clássicos antigos
d) Há nessa Escola literária uma tendência à valorização do humor, com vistas a afugentar as circunstâncias desagradáveis da vida
e) Enfatiza-se na criação poética, desse momento, a utilização do valor sugestivo da música.
8) (UFPA) A pastora Marília, conforme nos é apresentada nas liras de Tomás Antônio Gonzaga, carece de unidade de enfoques; por isso é muito difícil precisar, por exemplo, seu tipo físico. Esta impressão da pastora:
a) é suficiente para seu autor ser apontado como pré-romântico.
b) é fundamental para situar o leitor dentro do drama amoroso do auto.
c) reflete o caráter genérico e impessoal que a poesia neoclássica deveria assumir.
d) é responsável pela atmosfera de mistério, essencial para a poesia neoclássica.
e) mostra a intenção do autor em não revelar o objeto do seu amor.
9) UF - PR) - "Eu, Marília, não sou algum vaqueiro,
Que vive de guardar alheio gado;
De tosco trato, de expressões grosseiro,
Dos frios gelado e dos sóis queimado.
Tenho próprio casal e nele assisto
Dá-me vinho, legume, fruta, azeite;
Das brancas ovelhinhas tiro o leite,
E mais as finas lãs, de que me visto.
Graças, Marília bela,
Graças à minha Estrela!"
A presente estrofe reflete a temática predominante no período:
a) romântico
b) parnasiano
c) arcádico
d) simbolista
e) modernista
10) (UF de Viçosa) - Marília de Dirceu, famosa obra arcádica brasileira, inspirada em Maria Dorotéia de Seixas Brandão, foi escrita por:
a) Manuel Inácio da Silva Alvarenga.
b) Inácio José de Alvarenga Peixoto.
c) Tomás Antônio Gonzaga.
d) José Basílio da Gama.
e) Cláudio Manuel da Costa.
11) (Cescea) - Entre outras características do Arcadismo, encontramos:
a) utilização, pelos poetas, de pseudônimos pastoris.
b) condenação do Barroco, que prevaleceu no século XVI, nas suas formas de cultismo e conceptismo.
c) a arte não deve ser concebida como imitação da natureza.
d) o cultismo e o conceptismo.
e) o subjetivismo e o egocentrismo.
12) (FUB - SC) - Todos os autores abaixo, relacionados pertencem à escola mineira do Arcadismo, exceto:
a) José Basílio da Gama.
b) Eusébio de Matos.
c) Manuel Inácio da Silva Alvarenga.
d) Tomás Antônio Gonzaga.
e) Frei José de Santa Rita Durão.
13) (Mackenzie) - Assinale a alternativa que NÃO apresenta um trecho do Arcadismo brasileiro.
a) "Se sou pobre pastor, se não governo
Reinos, nações, províncias, mundo, e gentes;
Se em frio, calma, e chuvas inclementes
Passo o verão, outono, estio, inverno;"
b) "Destes penhascos fez a natureza
O berço em que nasci! oh quem cuidara,
Que entre penhas tão duras se criara
Uma alma terna, um peito sem dureza!"
c) "Musas, canoras musas, este canto
Vós me inspirastes, vós meu tenro alento
Erguestes brandamente àquele assento
Que tanto, ó musas, prezo, adoro tanto."
d) "Meu ser evaporei na lida insana
Do tropel das paixões que me arrastava,
Ah! cego eu cria, ah! mísero eu sonhava
Em mim, quase imortal, a essência humana!"
e) "Não vês, Nise, este vento desabrido,
Que arranca os duros troncos ? Não vês esta,
Que vem cobrindo o Céu, sombra funesta,
Entre o horror de um relâmpago incendido?"
14) (Cescea) - “A poesia parece fenômeno mais vivo e autêntico (...) por ter brotado de experiências humanas palpitantes”. (Ele) “é dos raros poetas brasileiros, certamente o único entre os árcades, cuja vida amorosa importa para a compreensão da obra.”
“O lírico ouvidor soltava os seus amores em liras apaixonadas, que tinham, naquele ambiente de Vila Rica, um sabor novo e raro.”
Assim a crítica literária tem-se manifestado sobre o poeta:
a) Cláudio Manuel da Costa
b) Tomás Antônio Gonzaga
c) Alvarenga Peixoto
d) Gonçalves de Magalhães
e) Basílio da Gama
15) (Santa Casa SP)
Texto I
“É a vaidade, Fábio, nesta vida,
Rosa, que da manhã lisonjeada,
Púrpuras mil, com ambição dourada,
Airosa rompe, arrasta presumida.”
Texto II
“Depois que nos ferir a mão da morte,
ou seja neste monte, ou noutra serra,
nossos corpos terão, terão a sorte
de consumir os dous a mesma terra.”
O texto I é barroco; o texto II é arcádico. Comparando-os, é possível afirmar que os árcades optaram por uma expressão:
a) impessoal e, portanto, diferenciada do sentimentalismo barroco, em que o mundo exterior era projeção do caos interior do poeta.
b) despojada das ousadias sintáticas da estética anterior, com predomínio da ordem direta e de vocábulos de uso corrente.
c) que aprofunda o naturalismo da expressão barroca, fazendo que o poeta assuma posição eminentemente impessoal.
d) em que predominam, diferentemente do Barroco, a antítese, a hipérbole, a conotação poderosa.
e) em que a quantidade de metáforas e de torneios de linguagem supera a tendência denotativa do Barroco.
16) (ENEM-2008)
Torno a ver-vos, ó montes; o destino (verso 1)
Aqui me torna a pôr nestes outeiros,
Onde um tempo os gabões deixei grosseiros
Pelo traje da Corte, rico e fino. (verso 4)
Aqui estou entre Almendro, entre Corino,
Os meus fiéis, meus doces companheiros,
Vendo correr os míseros vaqueiros (verso 7)
Atrás de seu cansado desatino.
Se o bem desta choupana pode tanto,
Que chega a ter mais preço, e mais valia (verso 10)
Que, da Cidade, o lisonjeiro encanto,
Aqui descanse a louca fantasia,
E o que até agora se tornava em pranto (verso 13)
Se converta em afetos de alegria.
Cláudio Manoel da Costa. In: Domício Proença Filho. A poesia dos inconfidentes. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2002, p. 78-9.
Considerando o soneto de Cláudio Manoel da Costa e os elementos constitutivos do Arcadismo brasileiro, assinale a opção correta acerca da relação entre o poema e o
momento histórico de sua produção.
a) Os “montes” e “outeiros”, mencionados na primeira estrofe, são imagens relacionadas à Metrópole, ou seja, ao lugar onde o poeta se vestiu com traje “rico e fino”.
b) A oposição entre a Colônia e a Metrópole, como núcleo do poema, revela uma contradição vivenciada pelo poeta, dividido entre a civilidade do mundo urbano da Metrópole e a rusticidade da terra da Colônia.
c) O bucolismo presente nas imagens do poema é elemento estético do Arcadismo que evidencia a preocupação do poeta árcade em realizar uma representação literária realista da vida nacional.
d) A relação de vantagem da “choupana” sobre a “Cidade”, na terceira estrofe, é formulação literária que reproduz a condição histórica paradoxalmente vantajosa da Colônia sobre a Metrópole.
e) A realidade de atraso social, político e econômico do Brasil Colônia está representada esteticamente no poema pela referência, na última estrofe, à transformação do pranto em alegria.
Gabarito:
1) E 2) D 3) A, B, D 4) D 5) V-V-F-F-F 6) B 7) C 8) C 9) C 10) C 11) A
12) C 13) D 14) B 15) B 16) B
adorei aprender mais aqii!!!
ResponderExcluirmuitooooo boom, muito boom falar sobre o arcadismo éh ótimoo!!!!!!!!
ResponderExcluirótimo!
ResponderExcluirPessoal prestem atenção no gabarito pois houve erros, como na 3ª questão, que pode ser encontrada em outro site (não recordo o endereço) com a resposta correta.
ResponderExcluira questao 12 tambem está errada , pois a resposta é letra B - Eusebio de Matos , que é do Barroco , e no do arcadismo.
ResponderExcluirTambém percebi o equívoco.
ExcluirPessoal a dois erros ai: na 3) ta pedindo para assinar a alternativa correta, mas na vedd é p/ assinar as falsas e na quetão 12) a resposta certa é a letra (b)
ResponderExcluirgabarito errado
ResponderExcluirrweuiewqergqwer
ResponderExcluirEu Quero Saber quem é Que Transa...
ResponderExcluireu mesma
ResponderExcluir