João Figueiredo (1918-1999) foi Político e Militar brasileiro. Foi o último presidente da ditadura militar no Brasil. Concorreu nas eleições de 1978 pela ARENA (Aliança Renovadora Nacional), e exerceu seu mandato entre 1979 e 1985, tendo como vice-presidente Aureliano Chaves. Deu continuidade à abertura política iniciada por seu antecessor o General Ernesto Geisel. Logo que assumiu a presidência concedeu a anistia geral aos políticos cassados.
Durante seu governo uma grave crise econômica mundial, elevou as taxas de juros e a inflação chegou a 230% ao ano. A dívida externa atingiu a marca de 100 bilhões de dólares, levando o País a recorrer ao FMI (Fundo Monetário Internacional).
João Figueiredo promoveu em seu governo a primeira eleição civil brasileira desde 1964, extinguindo assim o regime militar. O candidato Paulo Maluf, que recebeu seu apoio, perdeu para Tancredo Neves, que faleceu antes de assumir a presidência.
João Batista de Oliveira Figueiredo (1918-1999) nasceu no dia 15 de janeiro, no bairro de São Cristóvão na cidade do Rio de Janeiro. Filho do General Euclides de Oliveira Figueiredo e Valentina Figueiredo. Mudou-se com a família para o Rio Grande do Sul e aos 5 anos já estava matriculado no Colégio Santa Terezinha das irmãs espanholas. Depois foi para o Colégio Nilo Peçanha, ocasião em que seu pai foi transferido para Alegrete como Comandante da Segunda Divisão de Cavalaria. João Figueiredo deixou o colégio e prosseguiu seus estudos em casa. Em 1927 matriculou-se como interno no Colégio Marista e dois anos mais tarde obteve o primeiro lugar num concurso para o Colégio Militar.
Em 1930, seu pai se opôs à Revolução que pretendia derrubar do poder o Presidente Washington Luís e por esse motivo foi preso em Santana do Livramento no Rio Grande do Sul. Nesse mesmo ano a família Figueiredo voltou para o Rio de Janeiro. Em 1932 seu pai participou e liderou a Revolução Constitucionalista de São Paulo, pretendendo derrubar a ditadura de Vargas. Derrotado o movimento Constitucionalista, Euclides de Figueiredo foi preso e exilado. No dia 9 de abril de 1935, João Batista foi para a Academia de Realengo como Praça considerado o melhor aluno. Declarado Aspirante em 22 de novembro de 1937, adquiriu o primeiro lugar na turma Andrade Neves. Em 15 de janeiro de 1942, contraiu matrimônio com a jovem Dulce Maria de Guimarães Castro, que conhecera no Bairro da Tijuca no Rio de Janeiro.
Em 1940 recebeu a Patente de Primeiro Tenente e em 1944 a de Capitão. Figueiredo destacou-se como Auxiliar de Equitação da Escola Militar de Realengo. Em 1952 foi promovido a Major. Por merecimento em 1953 concluiu o curso da escola do Estado Maior do Exército. De 1955 a 1957 participou da Missão Militar Brasileira no Paraguai, destacou-se novamente por ter obtido o primeiro lugar nos três cursos militares na Escola Militar, Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais e Escola do Estado Maior do Exército.
No mês de Novembro de 1958, passou a trabalhar com o Coronel Golbery do Couto e Silva e em 1961 trabalhou no Governo de Jânio Quadros no Conselho de Segurança Nacional. Como Tenente Coronel trabalhou na 3ª Seção do Estado Maior do Exército como Auxiliar do Serviço Federal de Informações da Seção de Cultura Geral da Escola de Comando e Estado Maior do Exército. De abril a agosto foi chefe do SNI (Serviço Nacional de Informações) e Contra Informações da Secretaria Geral do Conselho de Segurança Nacional. Já no posto de Coronel foi Chefe do SNI no Rio de Janeiro, de setembro de 1964 a junho de 1968. Foi nomeado pelo Presidente Castelo Branco para exercer o Comando da Força Pública de São Paulo, ficou nessa função de julho de 1966 a fevereiro de 1967.
Comandou o Primeiro Regimento de Cavalaria de Guardas do Rio de Janeiro. Esta unidade foi transferida para Brasília e João Batista continuou no seu comando até abril de 1969. Neste período já tinha sido promovido a General de Brigada e foi Chefe do Estado Maior do III Exército, e logo em seguida foi indicado pelo Presidente Médici, Chefe do Gabinete Militar da Presidência da República. Em maio de 1974 passou a Ministro de Estado, Chefe do SNI. Depois foi promovido a General de Divisão em 31 de julho de 1974 pelo presidente Geisel.
Dessa data em diante o General João Batista de Figueiredo, exerceu o mesmo cargo no Governo do Presidente Ernesto Geisel; em abril de 1978 foi promovido a General do Exército, e por fim Presidente da República em 1978, exercendo seu mandato entre 1979 a 1985. Faleceu de insuficiência renal e cardíaca no dia 24 de dezembro de 1999, no Rio de Janeiro.
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