Atatürk, chamado Mustafá Kemal Paschá até 1934, é venerado como o criador da Turquia moderna ("Atatürk" significa, em turco, "pai da Turquia"). Começou sua carreira política em 1905, ao fundar uma organização militar secreta, embrião do Movimento dos Jovens Turcos, cuja liderança assumiu na revolução de 1908. Comandante de diversos batalhões do exército durante a Primeira Guerra Mundial, comandou o levante nacional em 1919, após a derrota do Império Otomano. Formou em Anatólia um governo de oposição ao sultão e, em abril de 1920, convocou uma assembléia nacional em Ancara, assumindo a presidência. Com o apoio soviético conseguiu expulsar os gregos da Ásia Menor e, na Paz de Lausane de 1923, obteve algumas concessões territoriais, juntamente com o intercâmbio de cidadãos turcos por gregos.
Durante o processo de modernização, suprimiu em 1922 o sultanato e em 1924, o califado. À frente do Partido Popular Republicano, fundado por ele próprio, chegou a presidente da República Turca em 1923 e fez significativas reformas (sistema judicial inspirado nos dos países europeus, monogamia, alfabeto latino, indumentárias ocidentais e restrições religiosas). O estabelecimento de um Estado unitário implicou a repressão das minorias étnicas, especialmente a curda e a armênia. O seu programa político, o "kemalismo", vinculado, pelo menos nominalmente, a todas as forças políticas da Turquia, foi perdendo aceitação com o surgimento dos movimentos fundamentalistas islâmicos, que desde o início dos anos 80 vêm ganhando cada vez mais adeptos. O sucessor de Kemal foi Ismet Inönü.
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