domingo, 19 de abril de 2015

Biografia, obras e frases de Afrânio Peixoto

Júlio Afrânio Peixoto foi um médico, político, professor, crítico literário, ensaísta, romancista e historiador brasileiro. Nasceu em Lençóis, na Bahia, em 17 de dezembro de 1876. Era filho de Francisco Afrânio Peixoto e Virgínia de Morais Peixoto. Passou sua infância no interior da Bahia, na cidade de Canavieiras (onde há uma biblioteca e rua com seu nome), vivenciando situações e paisagens que influenciariam muitos dos seus romances. Formou-se em Medicina, em Salvador, no ano de 1897. Sua tese inaugural, "Epilepsia e crime", despertou grande interesse nos meios científicos do país e do exterior.

Transfere-se para o Rio de Janeiro em 1900, já com um livro publicado: Rosa mística, prosa simbolista que revela a influência de D'Annunzio e Eugênio de Castro. Em 1910 é eleito para a Academia Brasileira de Letras. Publica, em 1911, A Esfinge, seu primeiro romance, que obteve grande sucesso.

Escreveu uma trilogia de romances regionalistas Maria Bonita (1914), Fruta do mato (1920) e Bugrinha (1922). Entre os romances urbanos escreveu “As razões do coração” (1925), “Uma mulher como as outras” (1928) e “Sinhazinha”(1929).

Em 1916, após 3 anos ministrando a disciplina de Medicina Legal, torna-se professor titular da cadeira na Faculdade Nacional de Direito da UFRJ.

Em 1923, criou a Biblioteca de Cultura Nacional.


Afrânio Peixoto foi deputado federal pela Bahia de 1924 a 1930,  publicou O Haikai Japonês ou Epigrama Lírico, em 1831. No ano seguinte, se tornou professor de História da Educação do Instituto de Educação do Rio de Janeiro e reitor da Universidade do Distrito Federal, em 1935.


Autor de várias obras científicas na área de Medicina Legal e Higiene. Defendia, por exemplo, que doenças tropicais não existem, mas que precárias condições sanitárias, existentes em vários países tropicais, podem causar doenças, um ponto de vista inovador, na época.

Em 1941 visitou a terra natal, Bahia, depois de 30 anos de ausência e publicou 2 livros: “Breviário da Bahia” (1945) e “Livro de Horas” (1947).

Poeta pertencente à segunda geração do Modernismo, Afrânio Peixoto foi um dos divulgadores do haicai no Brasil. Estudioso da poesia japonesa, foi também autor de belos haicais.

Afrânio morreu no Rio de Janeiro em 12 de janeiro de 1947 com a idade de 70 anos.


Orinciais obras de Afrânio Peixoto

  • Rosa mística - drama (1900)
  • Lufada sinistra - novela (1900)
  • A esfinge - romance (1911)
  • Maria Bonita - romance (1914)
  • Minha terra e minha gente - história (1915)
  • Poeira da estrada - crítica (1918)
  • Trovas brasileiras (1919)
  • Parábolas (1920)
  • José Bonifácio, o velho e o moço - biografia (1920)
  • Fruta do mato - romance (1920)
  • Castro Alves, o poeta e o poema (1922)
  • Bugrinha - romance (1922)
  • Ensinar e ensinar (1923)
  • Dicionário dos Lusíadas - filologia (1924)
  • Dinamene (1925)
  • Arte poética - ensaio (1925)
  • As razões do coração - romance (1925)
  • Camões e o Brasil - crítica (1926)
  • Uma mulher como as outras - romance (1928)
  • Sinhazinha (1929)
  • Miçangas (1931)
  • Viagem Sentimental (1931)
  • História da literatura brasileira (1931)
  • Castro Alves - ensaio bibliográfico (1931)
  • Panorama da literatura brasileira (1940)
  • Pepitas - ensaio (1942)
  • Amor sagrado e amor profano (1942)
  • Despedida (1942)
  • Obras completas (1942)
  • Indes (1944)
  • É (1944)
  • Breviário da Bahia (1945)
  • Livro de horas (1947)

Célebres frases de Afrânio Peixoto

- O filho é o nosso coração que sai para outro corpo.

- Ele pó, modesto,
Ela neve, pura: deram
Um pouco de lama.

- uma pétala caída
que torna a seu ramo
ah! é uma borboleta

-  O otimismo é, e deve ser, o ânimo dos que combatem e aspiram ao bem comum. 

-  A nossa sociedade, parecendo fundada em bases religiosas, morais, civis ou políticas tem apenas uma estrutura: a econômica.

- A injustiça é a mãe da violência. 

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