John Quincy Adams, o sexto presidente norte-americano, é filho do segundo presidente, John Adams, que governou o país entre 1797 e 1800. Pai e filho são os únicos presidentes norte-americanos que não nasceram no Estado da Virgínia, a maior e mais próspera unidade da federação, no início da história dos Estados Unidos.
Outra coincidência está no fato de ambos terem sido derrotados em suas campanhas para a reeleição: o pai na campanha de 1800, e o filho na de 1828. Se George W. Bush for derrotado pelos democratas em novembro de 2004, a história se repetirá, já que Bush pai foi eleito em 1988 e derrotado em 1992.
A carreira de John Quincy Adams em muitos aspectos seguiu a carreira de seu pai. Nascido no Estado de Massachusetts, ele assistiu à Batalha de Bunker Hill de uma colina acima da fazenda da família. Como secretário de seu pai na Europa, ele se tornou um lingüista habilidoso e um assíduo diarista.
Após se formar na Faculdade de Harvard, ele se tornou advogado. Aos 35 anos, foi eleito para o Senado. Seis anos depois, o presidente Madison o nomeou como ministro para a Rússia. Servindo no governo do presidente Monroe, Adams foi secretário de Estado. Ele acertou com a Inglaterra a ocupação conjunta do Estado de Oregon, no extremo oeste dos EUA, obteve a cessão das Flóridas pela Espanha e formulou, juntamente com o presidente, a Doutrina Monroe.
Os secretários de Estado eram tradicionalmente considerados os herdeiros políticos da presidência. Mas em 1824 a antiga forma de escolha do presidente cedeu ao clamor por uma escolha popular. Dentro do único partido -o Republicano- estava se desenvolvendo o desejo de secessão.
Cada região apresentou seu próprio candidato. Nenhum deles conquistou a maioria dos votos eleitorais, de forma que a eleição foi decidida pela Câmara dos Deputados. Henry Clay, que defendia um programa semelhante ao de Adams, deu seu apoio ao candidato da Nova Inglaterra.
O presidente Adams nomeou Clay como secretário de Estado. Andrew Jackson e seus furiosos seguidores acusaram a existência de uma "barganha corrupta" e imediatamente iniciaram sua campanha para retirar a presidência de Adams.
Ciente de que enfrentaria hostilidade, Adams proclamou em sua primeira mensagem anual um amplo programa nacional. Ele propôs que o governo federal unisse as regiões por estradas e canais, e que desenvolvesse e conservasse as propriedades públicas usando fundos obtidos com a venda de terras públicas.
Em 1828, ele iniciou a escavação do Canal Chesapeake-Ohio de 297 quilômetros. Adams também estabeleceu uma universidade nacional, financiou expedições científicas e construiu um observatório. Seus críticos declararam que tais medidas transcendiam os limites constitucionais.
Na campanha de 1828, seus oponentes o acusaram de corrupção e espoliação pública. Adams voltou para casa em Massachusetts após sua derrota. Em 1830, seu distrito o elegeu para a Câmara dos Deputados onde, acima de tudo, lutou contra a circunscrição das liberdades civis.
Em 1836, um congressista do Sul aprovou uma lei de proibição do livre debate, que permitia à Câmara o adiamento automático das petições contra a escravidão. Adams combateu incansavelmente a lei por oito anos, até que finalmente conseguiu que fosse derrubada.
Em 1848, ele desmaiou no plenário da Câmara devido a um derrame. Ele morreu pouco depois.
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