Em 1900, o milionário francês Deutsch de la Meurth lançou um desafio aos construtores de dirigíveis: "Aquele que conseguir partir do Campo de Saint-Cloud, fazer à volta a Torre Eiffel, e voltar ao ponto de partida em 30 minutos, ganhará 100.000 francos". Pilotando o balão "Nº6", com um motor de 16HP, Dumont ganha o premio Dustche. Distribuiu metade do premio entre seus mecânicos e auxiliares e a outra metade destinou as necessitados.
O balão "Nº7", que foi projetado para corrida, nunca chegou a competir, pois não tinha concorrente. O "Nº8" não existiu. Com o "Nº9", Dumont começou a transportar pessoas nos voos que fazia. Uma de suas passageiras era a cubana Aída de Acosta, que se tornou a primeira mulher no mundo a voar. De tanto cruzar os céus de Paris com o número nove, recebeu o apelido de "Le petit Santos". O "Nº10", maior que os outros, foi denominado "um dirigível ônibus", pelo próprio Santos Dumont.
Inventa o hangar, o relógio de pulso e a porta de correr sobre rodas. Volta ao Brasil em 1928 e, durante uma crise de depressão, atribuída por muitos historiadores ao uso bélico do avião, suicida-se no Guarujá, em São Paulo no dia 23 de julho de 1932. Deixou dois livros: "Dans-L'air" e "O que Vi e o que Nós Veremos".
Representação na cultura
Santos Dumont já foi retratado como personagem no cinema, na televisão e no teatro, interpretado por Denis Manuel no filme "Les Faucheurs de Marguerites" (1974), de Marcel Camus; por Cássio Scapin na minissérie "Um Só Coração" (2004); por Daniel de Oliveira no filme "14 Bis" (2006); por Ricardo Napoleão na peça de Denise Stoklos "Mais Pesado do que o Ar - Santos Dumont" (1996); e por Henri Lalli na peça "Santos Dumont" (desde 2003). Fernanda Montenegro representou uma descendente de Santos Dumont na novela "Zazá" (1997) do qual se travestia. Também teve sua efígie impressa nas notas de NCr$ 10,00 (dez cruzeiros novos) de 1967.
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