Eduardo Lourenço de Faria é um professor e filósofo português. Nasceu em São Pedro de Rio Seco em 23 de maio de 1923. Oriundo de uma pequena aldeia da Beira Interior, é o mais velho dos sete filhos de Abílio de Faria, capitão de Infantaria, e de Maria de Jesus Lourenço. Mudou-se para a Guarda em 1932, e ingressou no Colégio Militar, em 1934, um ano depois do pai partir para Nampula, em Moçambique.
Em 1940, indo estudar para a Universidade de Coimbra, encontrou aí um ambiente aberto e propício à reflexão cultural que sempre haveria de prosseguir.
Em 1946, licenciou-se em Ciências Histórico-Filosóficas na Universidade de Coimbra, onde foi assistente de 1947 a 1953.
Colaborou também no Diário de Coimbra, publicando as Crónicas Heterodoxas. A partir de 1954, lecionou nas Universidades de Hamburgo, Heidelberg, Montpellier, Grenoble e Nice. Aderiu ao neo-realismo, logo passando ao existencialismo. Seus estudos abrangem o campo cultural e o fenômeno político atual. Pelo conjunto de sua obra, ganhou, em 1988, o Prêmio Europeu de Ensaio Charles Veillon e, em 1996, o Prêmio Camões. Estreou com Heterodoxia (1949-1967, em dois volumes). Outras obras: Tempo e Poesia (1974), O Labirinto da Saudade, Psicanálise Mítica do Destino Português (1978), O Espelho Imaginário (1981), Poesia e Metafísica (1983), Fernando, Rei da Nossa Baviera (1986), Nós e a Europa ou As Duas Razões (1988), O Canto do Signo: Existência e Literatura (1994), O Esplendor do Caos (1998). É diretor da revista Finisterra, fundada em 1989.
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