terça-feira, 3 de junho de 2014

Biografia, obras e frases de Osman Lins



Osman Lins foi um escritor brasileiro. Nasceu em Vitória do Santo Antão, filho de um alfaiate e de uma dona de casa, que morreu logo depois de seu nascimento. A ausência da mãe foi compensada por um círculo familiar de grande afetividade, liderado por sua avó paterna. Aos 16 anos de idade mudou-se para o Recife, onde ingressou no curso de finanças. Nesta época começou a trabalhar no Banco do Brasil. Posteriormente estudou dramaturgia na Universidade do Recife.

Em fins dos anos 1940, Osman Lins casou-se com Maria do Carmo, com quem teria três filhas. Em 1950 ganhou um concurso literário com o conto "O Eco", mas sua estréia na ficção se deu com a publicação de seu primeiro romance, "O Visitante", em 1955. Dois anos depois publicou "Os Gestos" e em seguida "O Fiel e a Pedra".

Sua primeira peça teatral a ser encenada foi "Lisbela e o prisioneiro", adaptada com sucesso para o cinema em 2003.

No início dos anos 1960, Osman Lins viveu na Europa, como bolsista da Aliança Francesa. De volta ao Brasil, transferiu-se para São Paulo. Em 1964, já separado de sua primeira mulher, casou-se com a escritora Julieta de Godoy Ladeira. Publicou, em 1966, "Nove, Novena" (contos), "Um Mundo Estagnado" (ensaios) e mais uma peça de teatro, "Guerra do Cansa-Cavalo".

Em 1970 tornou-se professor universitário, ensinando literatura brasileira. Obteve também o grau de doutor em Letras, com uma tese sobre o escritor Lima Barreto. Seu romance Avalovara (1973) é uma das maiores obras universais de arquitetura narrativa, construído a partir de um palíndromo latino (sator arepo tenet opera rotas), dentro de uma espiral a partir dos quais vão sendo desenvolvidos todos os capítulos do livro. Poucos anos depois, pediu exoneração da Universidade, desencantado com a qualidade do ensino brasileiro.

É também autor de "Guerras sem Testemunhas", livro-tese, onde discorre sobre as atividades e os problemas enfrentados pelo escritor.

Seu último romance foi "A Rainha dos Cárceres da Grécia", publicado em 1976. Osman Lins colaborou com diversos órgãos de imprensa e escreveu roteiros para televisão. Autor de uma vasta obra reconhecida pela crítica, recebeu diversos prêmios, entre eles o prêmio Monteiro Lobato e o prêmio Coelho Neto, da Academia Brasileira de Letras.

Obras de Osman Lins

- O Visitante — romance, 1955.
- Os Gestos — contos, 1957.
- O Fiel e a Pedra — romance, 1961.
- Marinheiro de Primeira Viagem — 1963.
- Lisbela e o Prisioneiro — teatro, 1964.
- Nove, Novena — narrativas, 1966.
- Um Mundo Estagnado — ensaio, 1966.
- Capa-Verde e o Natal — teatro infantil, 1967.
- Guerra do Cansa-Cavalo — teatro, 1967.
- Guerra sem Testemunhas — o Escritor, sua Condição e a Realidade Social — ensaio, 1969.
- Avalovara — romance, 1973.
- Santa, Automóvel e o Soldado — teatro, 1975.
- Lima Barreto e o Espaço Romanesco — ensaio, 1976.
- A Rainha dos Cárceres da Grécia — romance, 1976.
- Do Ideal e da Glória. Problemas Inculturais Brasileiros — coletânea de artigos e ensaios, 1977.
- La Paz Existe? — literatura de viagem, em parceria com Julieta de Godoy Ladeira, 1977.
- O Diabo na Noite de Natal — literatura infantil, 1977.
- Missa do Galo, Variações Sobre o Mesmo Tema, Organização e Participação, 1977.
- Casos Especiais de Osman Lins — novelas adaptadas para televisão e levadas ao ar pela TV Globo, 1978, composto de:
- A Ilha no Espaço
- Quem Era Shirley Temple?
- Marcha Fúnebre
- Evangelho na Taba. Problemas inculturais brasileiros II — coletânea de artigos, ensaios e entrevistas, com apresentação de Julieta de Godoy Ladeira, 1979.

- Domingo de Páscoa — novela, 1978.

Célebres frases de Osman Lins

- "E se a tempestade não passar, dance na chuva!"
- O amor tem feito coisas que até mesmo Deus duvida. Já curou desenganados. Já fechou tanta ferida. O amor junta os pedaços quando o coração se quebra. Mesmo que seja de aço. Mesmo que seja de pedra. Fica tão cicatrizado que ninguém diz que é colado. Foi assim que fez em mim. Foi assim que fez em nós. Esse amor iluminado.
- Acordei com uma saudade sem destinatário, uma saudade genérica. Ouvi dizer que esta é a saudade de mim mesma.
- "Amiga é aquela pessoa que conhece todos os nossos defeitos e gosta da gente assim mesmo".
- Dispensados devem ser os que nos retiram as forças, mesmo que sutilmente, ou que quase nem percebamos. Os piores golpes são os silenciosos!
- Foi você no meio de minhas pernas, você dentro de mim.
Foi gozo, mais um gozo silencioso, por isso,
que agora necessito gritar, foi tão bom, tão bom...
Brincar de te amar.

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