segunda-feira, 16 de junho de 2014

Fumantes apresentam mais distúrbios do sono, diz pesquisa

Uma pesquisa realizada pela Escola de Medicina Charité Berlin, da Alemanha, mostrou que os fumantes têm mais distúrbios do sono e dormem menos do que os não fumantes. A pesquisa foi feita com cerca de 1.100 usuários de cigarro. Desses, 17% dormiam menos de seis horas e 28% manifestavam dificuldades neste período. Os dados foram comparados ao padrão de sono de 1.200 não fumantes. Nesse grupo foram registrados, respectivamente, 7% e 19% para os mesmos quesitos.

A cada tragada de um cigarro, um indivíduo inspira mais de quatro mil substâncias tóxicas, entre elas, a nicotina, o alcatrão e o monóxido de carbono, todas altamente prejudiciais à saúde. A nicotina, por exemplo, é considerada a mais mortífera e responsável pela dependência química. Além disso, age como estimulante, afetando as ondas cerebrais e os padrões do sono.

 Segundo a Consultora do Sono da Duoflex, Renata Federighi, ao contrário do que se imagina, os usuários de cigarro não se sentem relaxados e não conseguem alcançar o estágio mais profundo do sono, uma vez que a fase mais leve é constantemente interrompida devido aos efeitos da nicotina. “A substância causa no organismo um resultado parecido com o álcool, podendo ocasionar problemas como ronco, apneia e insônia crônica. Por isso, deve ser evitada por quem deseja um sono reparador e de qualidade”, explica. 

 A consultora ressalta ainda que as noites mal dormidas podem causar inúmeros problemas à saúde. Entre os mais perigosos estão as doenças do coração e o diabetes, que podem ser adquiridas ao longo do tempo. “A privação do sono pode comprometer seriamente a saúde, uma vez que, é durante o descanso que são produzidos alguns hormônios que desempenham papéis vitais no funcionamento de nosso organismo, como por exemplo, o hormônio do crescimento (GH), a serotonina, a melatonina e o cortisol”, alerta Renata.

 Os tratamentos contra o tabagismo envolvem, além do combate químico contra a nicotina, componentes psicológicos e de condicionamento. Por conta disso, é essencial haver uma mudança de hábito, além do entendimento de que a abstinência provoca reações como irritabilidade, ansiedade, sonolência, inquietação e bradicardia, para assim aprender a lidar com os sintomas. “A adoção de práticas saudáveis como, atividades físicas regulares, alimentação balanceada, rotina regular do sono, postura correta ao dormir, uso de travesseiros adequados ao gosto pessoal e ao biótipo, entre outras, são fundamentais neste processo. Deixar o cigarro pode ser uma tarefa difícil, mas os benefícios que esta medida traz são muito vantajosos”, finaliza. 

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