Publicadas no Journal of Biological Chemistry, as descobertas mostram que a chave do potencial da maconha está em sua capacidade de reprimir algumas funções imunes, principalmente a inflamação.
Com base em pesquisas recentes que sugerem que algumas moléculas ambientais, externas ao DNA, podem alterar seu funcionamento, o estudo examinou se o princípio ativo da maconha, o tetraidrocanabinol (THC), pode afetar o DNA através de caminhos "epigenéticos" .
O grupo de moléculas com a capacidade de modificar o DNA e o funcionamento dos genes que controla é coletivamente designado como o epigenoma. Ele é composto por um grupo de moléculas chamas de histonas, que são responsáveis pela inflamação, tanto benéfica quanto nociva.
"O estudo atual demonstra pela primeira vez que o THC pode modular as respostas imunológicas por meio de uma regulagem epigenética que envolve a modificação das histonas", afirma o resumo.A equipe de pesquisa, liderada por Mitzi Nagarkatti, Prakash Nagarkatti e Xiaoming Yang, descobriu que o THC pode, de fato, afetar a expressão do DNA por meio de passagens epigenéticas ao alterar as histonas.
À medida que o uso recreacional e medicinal da maconha se torna cada vez mais aceito em países desenvolvidos, mais pesquisas estão sendo realizadas e mais aplicações da droga no tratamento de doenças estão sendo descobertas.
A maconha já possui uma variedade de usos medicinais, incluindo o tratamento de dor crônica, náusea, vômito e a caquexia, síndrome que afeta alguns pacientes com aids.
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