quinta-feira, 27 de março de 2014

Estrela-do-mar - Características, alimentação, anatomia e reprodução


Estrela do Mar

As estrelas-do-mar são animais marinhos e carnívoros pertencentes à classe dos equinodermos, que se caracterizam pelo esqueleto calcário sobre a pele. Apesar da sua aparência inofensiva, são conhecidas como sendo animais vorazes e predadores.

Consoante a espécie de que se trata, o seu corpo apresenta características diferentes, ou seja, tanto pode ser liso, granulado ou apresentar alguns espinhos bem salientes e por vezes venenosos, que servem como proteção (principalmente no caso dos ouriços-do-mar) contra os seus predadores. Em algumas espécies é possível verificar ainda a existência de pequenas pinças (pedicelárias) que têm como função a defesa e a limpeza da superfície corporal.
O corpo da estrela-do-mar é formado por um disco central e a grande maioria das espécies têm cinco braços, no entanto há algumas que chegam a ter 40, o que significa que o número de braços varia de família para família. Estes animais têm grande poder de regeneração, ou seja, se um braço for ferido ou amputado, nasce um novo no seu lugar. No entanto, esta característica regenerativa pode demorar um ano até estar concluída.
 Características corporais da estrela-do-mar
As estrelas-do-mar constituem um grupo particular de animais marinhos, que compreende cerca de 1500 espécies presentes em quase todas as latitudes. É um equinodermo pentâmero, com um disco central e braços dispostos radialmente.
A sua superfície aboral ou superior é geralmente coberta de espinhos calcários, os quais são partes do esqueleto, dando um aspecto rijo e áspero se eretos, ou suave e liso quando achatados. Locomove-se com os pés ambulacrários. Se colocada com a região oral para cima, a estrela-do-mar dobra os braços até encontrar apoio para os pés ambulacrários e desvira o corpo para que a região oral fique voltada para baixo. A boca encontra-se no centro da superfície oral, virada diretamente para o substrato, rodeada por cinco mandíbulas triangulares de placas múltiplas.
Não possuem dentes e a boca está geralmente protegida por uma espécie de armadura formada pelos espinhos mais internos dos sulcos ambulacrários. Um sulco ambulacrário mediano, orlado de espinhos, estende-se ao longo da superfície oral de cada braço e dele se projetam muitos pés ambulacrários, dispostos em duas ou quatro séries. Pequenas brânquias dérmicas (pápulas ou papilas) projetam-se da cavidade do corpo entre os espinhos para a respiração e excreção.
Ao redor dos espinhos e pápulas há diminutos pedicelários em forma de pinça, que têm como função manter a superfície do corpo livre de detritos e de pequenos organismos, podendo auxiliar ainda na captura de alimento. Na extremidade de cada braço há um tentáculo mole, tátil e uma mancha ocelar, sensível à luz. O orifício retal é uma abertura diminuta próxima ao centro da superfície aboral e nas proximidades da placa madrepórita.

Estrelas-do-mar 

Alimentação 

As estrelas-do-mar alimentam-se essencialmente de moluscos, ostras, vermes, corais e bivalves, e a captura destas presas processa-se da seguinte forma: em primeiro lugar a presa é envolvida com o corpo e através da força dos seus braços e pés ambulacrários, vai exercendo uma pressão contínua, que ao fim de algum tempo faz com que a vítima acabe por se cansar e ceder.
As estrelas-do-mar  não conseguem mastigar os alimentos, por isso, para se alimentarem, lançam o estômago pela boca, situada no centro da superfície oral e direcionada para baixo, para posteriormente as enzimas digestivas serem segregadas, permitindo assim a absorção do alimento.
Anatomia
Luidia senegalensis, uma espécie com 9 braços.
A maioria das estrelas do mar têm cinco braços que se irradiam a partir de um disco central, mas o número varia de acordo com o grupo.Luidia ciliaris tem sete braços, Fromia polypora tem 5 braços, membros da Solasteridae ter dez a quinze, enquanto a Antártida annulatus Labidiaster pode ter até cinquenta. Não é raro em espécies que normalmente têm cinco braços para os indivíduos a possuir seis ou mais através do desenvolvimento anormal.
A boca da estrela-do-mar localiza-se no centro de um disco central. Ela tem pés-ambulacrais responsáveis pela locomoção.
Estrelas-do-mar podem medir de 10 cm até 1 metro de diâmetro, seus braços crescem dependendo do tamanho da estrela-do-mar.

Reprodução

A reprodução acontece de duas formas: sexuada e assexuada. Na reprodução sexuada dá-se a libertação dos gametas na água e a fertilização externa. Por norma o ovo fecundado desenvolve-se numa larva livre-natante de simetria bilateral que sofrerá uma metamorfose para posteriormente se tornar num adulto de simetria radial.
No caso da reprodução assexuada, a fecundação é feita essencialmente através da regeneração, ou seja, tal como vimos anteriormente se um dos braços for amputado nasce um novo no seu lugar, mas por vezes pode mesmo desenvolver uma estrela-do-mar nova.

Espécies de estrelas-do-mar ameaçadas de extinção

Estrela do Mar
Estrela do mar cometa ( Linckia Guildingii )
(ameaçada de extinção)
Estrela do Mar
Estrela do mar ( Narcissia trigonaria )
(ameaçada de extinção)
Outro aspecto econômico das estrelas é a sua comercialização como adornos ou como material biológico para instituições de ensino. Esta prática resultou num drástico declínio de algumas espécies.
Em inúmeros países existem muitas espécies de estrelas-do-mar ameaçadas de extinção devido à sobre-exploração dos estoques, principalmente devido à apanha para o mercado de adornos ou para o mercado da aquariofilia.
Nesses países, como por exemplo no Brasil, a apanha dessas espécies é atualmente proibida. A poluição e destruição dos habitats também contribuem para a dizimação de algumas espécies.

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