CAIRO, 27 Dez (Reuters) - Seguidores da Irmandade Muçulmana e a polícia entraram em confronto nesta sexta-feira em diferentes locais do Egito, deixando pelo menos três mortos durante protestos contra a decisão do governo apoiado pelo Exército de declarar a Irmandade uma organização terrorista. A violência se intensificou depois das orações de sexta.
Um simpatizante da Irmandade Muçulmana de 18 anos foi baleado e morto durante confrontos na cidade de Damietta, segundo a polícia. Outro homem foi morto em Minya, um reduto islâmico ao sul do Cairo. A terceira morte ocorreu no Cairo, disse o Ministério do Interior, sem dar detalhes.
As forças de segurança prenderam cerca de 150 simpatizantes da Irmandade, numa nova onda de detenções.
A crescente repressão aumenta as tensões num país que, desde que o Exército derrubou o presidente Mohamed Mursi em julho, vive o pior conflito interno da sua era moderna.
As forças de segurança já mataram centenas de seguidores da Irmandade, e ataques fatais contra soldados e policiais já se tornaram normais.
A Irmandade Muçulmana foi declarada uma organização terrorista depois que 16 pessoas foram mortas num ataque suicida contra uma instalação policial na terça-feira, apesar de o grupo ter condenado o atentado, e de uma facção radical do Sinai ter reivindicado a responsabilidade pelo ato.
A Irmandade e os seus aliados convocaram os protestos como reação à decisão do governo.
Os confrontos entre policiais e manifestantes ocorreram no Cairo e em pelo menos mais quatro cidades nesta sexta.
reuters
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