O Corpo de Bombeiros do Espírito Santo confirmou, na noite desta quarta-feira, que o número de mortes provocadas pelas chuvas que atingem o Estado desde a última semana chegou a 21. Segundo a corporação, seis mortes foram confirmadas neste dia de Natal.
Itaguaçu é o município com maior número de vítimas (8), seguido por Colatina (6). Também foram confirmadas mortes em Baixo Guandu (4), Barra de São Francisco (1), Domingos Martins (1) e Nova Venécia (1). A maioria foi vítima de soterramentos provocados por deslizamentos de terra na região, mas também houve casos de afogamentos e um eletrocutado.
As chuvas obrigaram 48.601 a abandonar suas casas no Espírito Santo, segundo o último boletim. O número de desalojados caiu em relação aos quase 50 mil registrados no primeiro boletim desta quarta-feira graças a baixa do nível das águas de alguns rios, o que permitiu o retorno de várias famílias a seus lares.
Várias regiões ainda permanecem isoladas pelas inundações, sem comunicação, água potável ou energia elétrica. Dos desalojados, 4.500 foram enviados a abrigos improvisados em escolas públicas e outros foram para casas de parentes ou amigos. De 78 municípios do Estado, 49 já declararam estado de emergência ou de calamidade pública após as chuvas que também destruíram e provocaram danos em cerca de 20 mil quilômetros de estradas em todo o País.
As orientações da Defesa Civil são para que a população que vive nas áreas de risco vá para um local seguro; fique atenta à movimentações de terra; tenha em mãos o telefone da Defesa Civil no município; evite áreas alagadas, terrenos acidentados, locais em que há buracos, bueiros abertos e fiação elétrica exposta. O órgão alerta que trincas no chão, inclinação de cercas, postes e árvores são indícios de deslizamento - a orientação é para que, nesses casos, o local seja abandonado imediatamente. O população atingida pode solicitar atendimento por meio do número de emergência 193.
O Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnicas e Extensão Rural (Incaper) informou que as fortes chuvas que há mais de uma semana atingem o Estado já são as maiores enfrentadas, desde que começaram as medições meteorológicas no Espírito Santo, há 90 anos. Segundo o Incaper, o fenômeno é decorrência de "um canal de umidade associado à presença de Zonas de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) que vem mantendo o tempo encoberto em todo o Estado".
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