sábado, 19 de abril de 2014

Apresentador de TV, cujo coração parou de bater 817 vezes em um único mês, conta sua história



Matt Cain comentou que estava em seu primeiro dia de férias no verão, sentado em um bar e bebendo com os amigos.

Ele pensou que teria férias inesquecíveis na Espanha, até que começou a se sentir mal. Percebeu que seu estômago estava vibrando e seu coração começou a acelerar. Seu corpo superaqueceu e a transpiração era abundante. Era um ataque cardíaco!

Ele foi levado ao hospital. No caminho, costumava a dizer para não se preocuparem porque aquilo ocorria o tempo todo. Matt desmaiava, constantemente, desde os seus 7 anos de idade. Ao longo de três décadas ele teve que aprender a lidar com a situação que tornou-se parte de sua vida.

Matt sabia que se fosse submetido a situações de estresse como claustrofobia, desidratação, cansaço ou ficar em locais muito quentes, poderia ser o gatilho para uma nova crise cardíaca.

Ele foi escalado para ser o editor de um canal de TV na Grã-Bretanha e começou a tomar beta-bloqueadores para controlar sua ansiedade e não desmaiar na frente das câmeras. Para querer manter seu emprego, tornou-se viciado nos medicamentos.

Após consultar vários médicos, ouviu todas as explicações possíveis: falta de ferro, ritmo cardíaco lento, pressão arterial baixa, epilepsia, problemas psicológicos, etc. Os médicos pareceriam não entrar em um consenso sobre o que de fato provocava o problema. Alguns sugeriram que era puramente ataques de pânico que levavam a um estímulo fisiológico.

Epilepsia foi descartada depois que começou a tomar os medicamentos para a doença e nenhum efeito surtiu. Ele possui síncope assistólica mediada autonomicamente. Boa parte dos médicos sequer ouviu falar no problema, o que levou mais de 30 anos para ser corretamente diagnosticado.

Mark foi levado a uma cardiologista que disse que existem inúmeras pessoas como ele e lhe apresentou um grupo chamado STAR (Syncope Trust and Reflex-Anoxic Seizures) onde os portadores do problema se reúnem. Ele foi internado para receber um marca-passo.

O aparelho mostrou que em um único mês, seu coração parou mais de 817 vezes. Ele não percebia porque o marca-passo o ajudava a estabilizar a situação crônica de seu coração, permitindo-lhe ter uma melhor qualidade de vida.

Hoje, completamente recuperado e corretamente diagnosticado, ele sente-se pleno para realizar suas atividades profissionais, já que as crises praticamente não ocorreram mais.

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