domingo, 20 de abril de 2014

Vida e obras de Nicolau Maquiavel



Nicolau Maquiavel (1469-1527) foi um filósofo e político italiano. Nicolau Maquiavel (1469-1527) nasceu em florença no dia 3 de maio. Sua família de origem Toscana, remota do século XII. Participaram dos cargos públicos por mais de três séculos. Filho de Bernardo Maquiavel, jurista e tesoureiro da província de Marca de Ancona, e de Bartolomea Nelli, ligada a ilustre família de Florença. Autor da obra-prima "O Príncipe". Profundo conhecedor da política da época, estudou-a em suas diferentes obras. Viveu durante o governo de Lourenço de Médici. Realista e patriota, definiu os meios para erguer a Itália.

O pensamento de Maquiavel tem uma importância ímpar nos estudos políticos pelo fato de ele estabelecer uma nítida separação entre a política e a ética, bem como por deixar de lado a antiga concepção de política herdada da Grécia antiga, que visava compreender a política como ela deve ser. Maquiavel preferia estudar os fatos como eles são na realidade.

Nesse sentido, sua obra teórica constitui uma reviravolta da perspectiva clássica da filosofia política grega, pois o filósofo partiu "das condições nas quais se vive e não das condições segundo as quais se deve viver". Sua teoria desmascarou as pretensões morais e religiosas em matéria de política. Mas ele - ao contrário do que equivocadamente se difunde - não pretendia criar um manual da tirania perfeita.


Maquiavel procurava promover uma ordem política inteiramente nova, em que os mais hábeis utilizassem a religião para governar, isto é, para arrancar o homem à sua maldade natural e torná-lo bom.

Em 1494, foi copista, de Marcelo Virgílio Adriani, professor de literatura grega e latina e foi secretário da República de Florença. Com 29 anos foi nomeado chanceler na Segunda Chancelaria e depois nomeado secretário dos Dez Magistrados da liberdade e da paz. Exerceu esse cargo por mais de quatorze anos. A ele foram confiadas vinte e três missões no exterior, e a redação de vários documentos.

Em 1502 recebeu de César Bórgia, a função de tratar com o Duque Valentino, em nome do governo de Florença, das ações para mudar o curso dos acontecimentos políticos. César Bórgia era filho de Rodrigo Bórgia, futuro papa Alexandre VI, Capitão Geral da Igreja Católica em Roma e estadista inescrupuloso. Dominava o governo papal e usava todos os meios para conquistar novas terras e estender o domínio dos Bórgia na Itália. O contato com o Duque Valentino foi importante para o desenvolvimento do seu pensamento e os seu destino como escritor político.

Nicolau Maquiavel estabeleceu, em 1505, o projeto da milícia nacional para substituir as tropas mercenárias, aprovadas pelo governo. Com o fim da república em 1512, Maquiavel perde o cargo de secretário da Senhoria e é exilado em Florença. Em 1513 numa conspiração para eliminar o cardeal Giovanni de Médici, foi preso como suspeito e torturado.

Exilado nos arredores de Florença, exerceu suas atividades literárias, que na maior parte, data desse período "O Príncipe", "Os Discursos sobre a Primeira Década de Tito Lívio", "OS Sete Livros sobre a Arte da Guerra", "As Comédias". Um ano depois foi beneficiado pela anistia, pelo papa Leão X.

Sua obra-prima "O Príncipe", um manual sobre a arte de governar, inspirou-se no estilo político de Cesare Bórgia e revela preocupação com o momento histórico da Itália, fragilizada pela falta de unidade nacional, alvo de invasões e intrigas diplomáticas. Rompe com a ética cristã ao defender a adoção de uma moral própria no tratamento dos negócios de Estado. Considera legítimo o uso da violência contra os opositores dos interesses
estatais.


De volta à Florença, sob às graças dos Médici, conseguiu do Cardeal Gíulio de Médici a função remunerada de escrever a história de Florença. Depois foi encarregado de inspecionar as fortificações e negociar com o governador de Romanha, Francesco Guicciardini. O seu último cargo foi uma missão junto ao exército da Liga contra Carlos V. Em 1527, na volta de uma viagem a Cività Vecchia, adoece e morre no dia 22 de julho. Seu corpo foi sepultado na Igreja da Santa Cruz, em Florença.

O termo “maquiavélico”


Em função das idéias defendidas no livro “O Príncipe”, o termo “maquiavélico” passou a ser usado para aquelas pessoas que praticam atos desleais (até mesmo violentos) para obter vantagens, manipulando as pessoas. Este termo é injustamento atribuído a Maquiavel, pois este sempre defendeu a ética na política.


Celebres Frases de Nicolau Maquiavel

- "Os homens ofendem mais aos que amam do que aos que temem." 

- "O desejo de conquista é algo natural e comum; aqueles que obtêm sucesso na conquista são sempre louvados, e jamais censurados; os que não têm condições de conquistar, mas querem fazê-lo a qualquer custo, cometem um erro que merece ser recriminado." 

- "Nada faz o homem morrer tão contente quanto o recordar-se de que nunca ofendeu ninguém, mas, antes, ajudou a todos." 

- "Quem do prazer se priva e vive entre tormentos e fadigas, do mundo não conhece os enganos." 

- "Todos os profetas armados venceram, e os desarmados foram destruídos." 

- "A ambição é uma paixão tão forte no coração do ser humano, que, mesmo que galguemos as mais altas posições, nunca nos sentimos satisfeitos." 

- "Os homens quando não são forçados a lutar por necessidade, lutam por ambição." 

- "O homem que tenta ser bondoso todo tempo está fadado à ruína entre os inúmeros outros que não são bons." 

- "O homem esquece de forma mais fácil a morte do pai do que a perda do patrimônio". 

- "Na política, os aliados atuais são os inimigos de amanhã." 



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