Teria sido uma das maiores tragédias da humanidade aquela que quase aconteceu nos Estados Unidos, quando uma bomba atômica esteve prestes a detonar numa cidade norte-americana, em 1961.
O caso foi relatado pelo jornal britânico The Guardian, que teve acesso a um relatório desclassificado dos Estados Unidos escrito por um engenheiro. O documento realça que as cidades de Nova Iorque, Baltimore, Filadélfia e Washington teriam sido fortemente afetadas pela explosão.
Em causa estavam duas bombas que, por acidente, caíram de um bombardeiro B-52, a 23 de janeiro de 1961. A cidade de Goldsboro, no estado de Carolina do Norte, podia ter sido evaporada do mapa, não fosse um fusível de baixa tensão evitar a detonação de uma bomba 260 vezes mais potente que a que arrasou Hiroshima.
Numa das bombas Mark 39 de hidrogénio os sistemas de segurança evitaram desde logo a detonação do engenho, mas a outra estava pronta para explodir, segundo consta no documento escrito por um engenheiro de sistemas de segurança para aquele tipo de armamento. «Uma das duas bombas comportou-se exatamente como uma bomba atómica é suposto comportar-se», ou seja, o interruptor foi acionado e o paraquedas abriu.
Nesta bomba três dos quatro dispositivos de segurança não funcionaram e não fosse o quarto, um fusível de baixa tensão, a cumprir com as funções para as quais foi criado, e o engenho tinha mesmo detonado.
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