terça-feira, 10 de setembro de 2013

Vetores - resumo (com questões)

Grandezas escalares e vetoriais
Algumas grandezas físicas exigem, para sua perfeita caracterização, apenas uma intensidade. 


Essas grandezas são denominadas grandezas escalares. Assim, grandezas físicas, como massa, comprimento, tempo, temperatura, densidade e muitas outras, são classificadas como grandezas escalares

Por outro lado, existem grandezas físicas que, para sua perfeita caracterização, exigem, além da intensidade, uma orientação espacial (direção e sentido). 

Tais grandezas recebem o nome de grandezas vetoriais. Como exemplo de grandezas vetoriais, podemos citar: força, impulso, quantidade de movimento, velocidade, aceleração e muitas outras. 

Vetores





As grandezas vetoriais são representadas por um ente matemático denominado vetor.
Um vetor reúne, em si, o módulo, representando o valor numérico ou intensidade da grandeza, e a direção sentido, representando a orientação da grandeza. 
É importante salientarmos as diferenças entre direção e sentido: um conjunto de retas paralelas tem a mesma direção. 

e, a cada direção, podemos associar uma orientação. 


A figura abaixo representa uma grandeza vetorial qualquer: um segmento de reta orientado (direção e sentido) com uma determinada medida (módulo). 




Para indicar um vetor, podemos usar qualquer uma das formas indicadas abaixo:



Para indicarmos o módulo de um vetor, podemos usar qualquer uma das seguintes notações: 



Assim,  indica o vetor  e a indica o módulo do vetor

Vetor Oposto

      O vetor oposto é aquele que possui o mesmo módulo, a mesma direção e o sentido oposto. Veja a seguir um exemplo com o vetor e o seu respectivo oposto.

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 VETOR UNITÁRIO (VERSOR)

Chamaremos de VERSOR ou VETOR UNITÁRIO , ao vetor cujo módulo seja igual à unidade, ou seja:
u | = u = 1.

O VETOR NULO

Vetor de módulo igual a zero, de direção e sentido indeterminados.
Notação: 0

Decomposição de vetores no plano

Quando nos referimos a grandezas escalares não temos a necessidade de fazer uso de uma palavra específica para expressar sua medida, basta expressar a própria medida, como, por exemplo: a massa de um corpo é 2 kg, o comprimento da pista é 5 km etc. Mas quando estamos trabalhando com grandezas vetoriais esse procedimento deixa de ser correto, pois a expressão da medida só dá uma parcela da informação, por exemplo: dizer que a força aplicada a um corpo é 4 N não indica a direção e o sentido da força.
Por esse motivo, em grandezas vetoriais, o correto é dizer: o módulo da força aplicada a um corpo é 4 N. Em outras situações que abordam grandezas vetoriais, temos que realizar a soma ou a subtração de vetores na mesma direção. Um caso bem interessante e que merece bastante atenção é a soma de grandezas vetoriais com vetores dispostos perpendicularmente entre si.
Quando você se deparar com uma situação onde há a necessidade de realizar a soma ou a subtração de vetores perpendiculares entre si, o melhor que você deve fazer é trabalhar com a decomposição de vetores.
Na soma de dois vetores, podemos encontrar apenas um único vetor, ou seja, o vetor resultante, que nada mais é do que um vetor que equivale a esses dois vetores. Na decomposição de vetores, o processo é inverso. Dado um vetor , podemos encontrar outros dois vetores  e  tal que Vejamos a figura abaixo:
Vetor a decomposto nas componentes ax e ay
Nesse caso, como  e  são vetores perpendiculares entre si, a decomposição é ortogonal. Veja a figura abaixo:
Deslocamento do vetor ay para a extremidade do vetor ax
Na figura acima podemos deslocar o vetor  para a extremidade do vetor  de modo que o vetor  e seus vetores componentes ortogonais  e  formem um triângulo retângulo.
Com base na relação trigonométrica aplicada a um triângulo retângulo, podemos determinar o módulo dos componentes horizontal e vertical do vetor  em função do ângulo θ. Dessa forma, do triângulo amarelo acima temos:
A expressão do módulo do componente horizontal
A expressão do módulo do componente vertical
Finalmente, como o triângulo formado por  e seus componentes é um triângulo retângulo, aplicando o teorema de Pitágoras, temos:

que é a relação entre o módulo do vetor e o módulo de seus componentes ortogonais.

Operações com vetores

Adição de vetores

Na adição de vetores, cada par de vetores u e corresponderá um vetor u+v que é a soma dos vetores u e v. para adicionar dois vetores pegaremos um representante qualquer (A,B) desse vetor u e do vetor v que tem origem em B e extremidade em C. Dessa forma teremos determinada um segmento orientado (AC), que por definição representa o vetor u+v que é a soma dos vetores u e v.
011.jpg
  • Da imagem acima concluímos que determinar o vetor u+v proveniente da soma do vetor u com o vetor v, precisamos apenas completar o triangulo, lembrando sempre de pôr a origem do vetor soma na origem do primeiro vetor, o segundo vetor deve ter a origem na extremidade do primeiro vetor.
 Na adição de vetores podemos utilizar de outra ferramenta, a regra do paralelogramo. Pegamos os representantes de u e v com a mesma origem A e construímos o paralelogramo ABCD. O vetor u+v é representado pelo seguimento orientado (A,D).
02.jpg
Propriedades
1) Propriedade Associativa
(u+v)+w = u+(v+w) (para qualquer u,v,w pertencentes a v³)
2) Propriedade Comutativa
u+v v+u (para qualquer u,v pertencentes a v³)
3) Elemento Neutro
u+0 = u (para qualquer u pertencentes a v³)
4) Elemento Oposto
Para um dado vetor u qualquer, existe um vetor que quando somado a ele dará como resultado um vetor nulo. Este vetor é o vetor oposto a u, denominado de –u
u+(-u) = AB +AB = AA = 0
Observe que a subtração de vetores é simplesmente a soma de um vetor com um vetor oposto. Exemplo:
u-v = u+(-v) (para qualquer u,v pertencentes a v³)
Adição vetorial gráfica
A primeira maneira de se somar dois ou mais vetores é a forma gráfica. A regra é simples: cada vetor a ser somado é colocado de maneira que o final de um coincida com o início do próximo. O vetor resultante será obtido unindo-se o início do primeiro com o final do último.

Note no exemplo acima que o vetor  une o início do vetor  ao final do vetor 

Veja este outro exemplo:


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Note que a resultante  é a soma dos vetores ou 

Adição vetorial por decomposição


Veja agora este exemplo:


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Calcule que a soma do vetor  com o , sabendo-se que o módulo de  e , e que os ângulos com a horizontal são respectivamente 60° e 30°.

Primeiro se decompõe o vetor  em dois vetores um vertical e outro horizontal.


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Onde:


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Como a é 60° tem-se:


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O mesmo se dá para o vetor 


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Agora é só somar os componentes verticais e horizontais que são respectivamente 22,3 e 18,7. O vetor resultante terá o módulo:


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E um ângulo com a horizontal b igual:


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Regra do Polígono

Para efetuarmos a adição de vetores pela regra do polígono, escolhemos, arbitrariamente, um dos vetores como ponto de partida e traçamos os vetores seguintes, colocando a origem do 2º vetor coincidindo com a extremidade do 1º e, assim, sucessivamente, até traçarmos todos os vetores. O vetor soma  ou resultante  é determinado pela origem do 1º vetor e pela extremidade do último vetor traçado.
Exemplo:
 Obter, pelo método do polígono, a resultante das forças F1 = F2 = 100 N
Resolução

Construindo o polígono, obtemos um triângulo equilátero  portanto o resultante tem intensidade igual à das forças componentes.




Subtração de Vetores 
      
Dados dois vetores   e , a operação é realizada através da adição do vetor  com o vetor oposto a  , ou seja, com o vetor –  .







Para essa adição utilizamos a regra do paralelogramo.





Como  +  = 180°, então cos  = – cos 

Assim,




Outro modo de obtermos o vetor  é:

• Fazer as origens de  e  coincidirem.

• Unir as extremidades de  e  e o vetor  obtido terá sentido apontado para o vetor que se lê primeiro na expressão   , no caso, o vetor  .


Seu módulo será dado por:
    
Vejamos alguns casos particulares:
a)  e  têm mesmo sentido


 Produto escalar


Dados os vetores u=(a,b) e v=(c,d) definimos o produto escalar entre os vetores u e v, como o número real obtido por:
u.v = a.c + b.d

Exemplos:
O produto escalar entre u=(3,4) e v=(-2,5) é:
u.v = 3.(-2) + 4.(5) = -6+20 = 14
O produto escalar entre u=(1,7) e v=(2,-3) é:
u.v = 1.(2) + 7.(-3) = 2-21 = -19

Propriedades do produto escalar
Quaisquer que sejam os vetores, u v e w e k escalar:



 Método das Componentes Vetoriais

Todo vetor  , em um plano, pode ser representado por dois outros vetores, chamados de componentes retangulares.

Dado um vetor  e duas direções de referência OX e OY, determinamos as componentes retangulares do vetor  através das projeções perpendiculares da origem e da extremidade do vetor nas direções dadas, conforme figura a seguir.




O vetor  pode ser representado pelas suas componentes retangulares x e y, sendo válida a relação
Para determinarmos os módulos das componentes x ey, devemos usar as relações trigonométricas no triângulo retângulo.



Vetor Posição

Consideremos um corpo descrevendo uma trajetória curva em relação a um sistema de coordenadas retangulares xy, conforme a figura.




A posição P do corpo, num instante t qualquer, pode ser fornecida pelas coordenadas x e y e o movimento do corpo pode ser descrito pelas funções horárias.

x = f(t) e y = f(t)

Podemos também fornecer a posição do corpo pelo vetor   , um vetor com origem no ponto 0 (referencial) e extremidade no ponto P. Esse vetor r recebe o nome de vetor posição.



Deslocamento Vetorial

Quando um corpo se movimenta numa trajetória curva qualquer, o vetor posição  varia no decorrer do tempo. Essa variação no vetor posição ocorre, obrigatoriamente, na direção e no sentido, mas não obrigatoriamente no módulo.


Se o móvel se movimenta do ponto P1 para o ponto P2, dizemos que ele sofreu um deslocamento vetorial dado por




O vetor , que representa o deslocamento vetorial do móvel entre os instantes t1 e t2, é um vetor com origem em P1 (posição inicial) e extremidade em P2 (posição final).

O módulo do vetor deslocamento  é dado por:





Velocidade Vetorial Média

O vetor velocidade vetorial média  é definido pela relação entre o vetor deslocamento  e o correspondente intervalo de tempo 




Como o intervalo de tempo  é sempre positivo, o vetor velocidade vetorial média possui a mesma direção e o mesmo sentido que o vetor deslocamento .




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