O Banco Central vendeu dólares no mercado futuro para tentar segurar a cotação, o que não adiantou. As notícias que chegaram dos Estados Unidos acabaram minimizando os efeitos do leilão. O número de pedidos de seguro desemprego foi o menor em seis anos nos Estados Unidos. Esse é um sinal de recuperação da maior economia do mundo.
“Veio um dado bom do mercado de trabalho americano que acabou aumentando as taxas de juros lá e atraindo recursos pra lá. O mercado está cada vez mais nervoso com essa ideia de que o Banco Central americano vai tirar os estímulos porque o mercado de trabalho está com força”, diz o economista Paulo Gala, do banco Fator.
Nesta quinta-feira (15), a cotação do dólar atingiu quase R$ 2,34, a maior desde março de 2009. Um dos efeitos da valorização da moeda americana é a inflação. Os importados ficam mais caros, o que abre espaço para que os produtores nacionais também aumentem os preços.
“A correção do dólar para uma boa parte dos analistas parece ser uma resposta a alguns desequilíbrios que tiveram no Brasil. Ela parece que está vindo para ficar. Ela vai ter impactos positivos sobre o PIB, sobre o nível de atividade daqui algum tempo. Nós vamos ficar mais competitivos, mas é muito provável que no curto prazo ela gere inflação”, diz o economista Chico Pessoa.
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