Só de pensar no mau cheiro que os pés exalarão, há quem não tenha coragem de tirar os sapatos em locais públicos (um restaurante japonês, por exemplo) ou mesmo de dar uma relaxadinha nos calçados durante o expediente. O culpado por todo esse desconforto é o chulé – ou, se preferir chamar pelo nome técnico, a bromidrose.
É preciso entender, portanto, de onde vêm essas bactérias. Sua principal fonte está na má higienização dos pés. Quando os espaços entre os dedos não são lavados ou a secagem pós-banho não é feita adequadamente, as bactérias se acumulam nessa área e começam a agir, gerando chulé.
Aliado a isso, o hábito de manter os pés fechados em sapatos também beneficia o crescimento bacteriano. “Se os calçados forem de materiais sintéticos, como plástico ou borracha, a situação piora. Eles estimulam a sudorese, retêm completamente a umidade e viram colônias de bactérias”, diz o podólogo Aires Charão, da Clínica Quiropé.
Mas mesmo pés muito bem asseados e refrescados podem se tornar vítimas de chulé: isso acontece quando surgem frieiras nos dedos ou micoses nas unhas. Márcia afirma que “essas condições levam aos pés fungos e bactérias que só desaparecerão com a eliminação das infecções. Durante o tratamento, é normal algum cheiro forte se manifestar”.
Confira dez dicas da dermatologista e do podólogo para evitar ou eliminar o chulé e fique tranquilo nas próximas vezes em que for tirar os sapatos em público.
1. Dê atenção à lavagem dos pés
Assim como todo o corpo, os pés devem ser lavados com esponja ou bucha e sabonete. Os espaços entre os dedos precisam de uma dose extra de atenção, pois é lá que as bactérias gostam de se alojar. Esfregue bem todos os vãos.
Assim como todo o corpo, os pés devem ser lavados com esponja ou bucha e sabonete. Os espaços entre os dedos precisam de uma dose extra de atenção, pois é lá que as bactérias gostam de se alojar. Esfregue bem todos os vãos.
2. Seque os pés muito bem depois do banho
Use dois pedaços de papel higiênico (um para o pé esquerdo e um para o direito) para enxugar os espaços entre os dedos – a toalha não absorve a umidade tanto quanto ele e, de toda forma, normalmente está úmida quando chega a vez de secar os pés. Uma secagem bem feita é meio caminho andado para evitar o alojamento e a proliferação das bactérias.
Use dois pedaços de papel higiênico (um para o pé esquerdo e um para o direito) para enxugar os espaços entre os dedos – a toalha não absorve a umidade tanto quanto ele e, de toda forma, normalmente está úmida quando chega a vez de secar os pés. Uma secagem bem feita é meio caminho andado para evitar o alojamento e a proliferação das bactérias.
3. Use talco antisséptico para os pés
Para garantir que os pés fiquem realmente bem enxutos, passe talco antisséptico nos pés após a secagem com papel higiênico. Ele absorverá qualquer vestígio de umidade que possa ter sobrado nos vãos entre os dedos.
Para garantir que os pés fiquem realmente bem enxutos, passe talco antisséptico nos pés após a secagem com papel higiênico. Ele absorverá qualquer vestígio de umidade que possa ter sobrado nos vãos entre os dedos.
4. Permita que os pés “respirem”
Sempre que possível, tire os sapatos fechados e deixe os pés se refrescarem. Em casa, use chinelos ou sapatos arejados e confortáveis de pano ou de couro. Estes são os melhores materiais para a evaporação do suor dos pés.
Sempre que possível, tire os sapatos fechados e deixe os pés se refrescarem. Em casa, use chinelos ou sapatos arejados e confortáveis de pano ou de couro. Estes são os melhores materiais para a evaporação do suor dos pés.
5. Prefira as meias de algodão
O algodão permite que o suor dos pés evapore com mais facilidade e, assim, as bactérias que possam estar nos pés não tenham tempo de agir e criar chulé. Meias de nylon, por outro lado, tendem a reter o suor, criando o cenário ideal para a proliferação bacteriana. Evite-as o máximo que puder.
O algodão permite que o suor dos pés evapore com mais facilidade e, assim, as bactérias que possam estar nos pés não tenham tempo de agir e criar chulé. Meias de nylon, por outro lado, tendem a reter o suor, criando o cenário ideal para a proliferação bacteriana. Evite-as o máximo que puder.
6. Não reutilize meias sem lavá-las
Depois de usadas, as meias carregam bactérias pelo menos do lado de fora (no caso de pés que tenham sido bem asseados e secos). Se elas não forem lavadas, as causadoras do mau cheiro se espalham pelo tecido e podem chegar, no próximo uso, aos espaços entre os dedos. É lá que o suor tende a se concentrar. Resultado: chulé.
Depois de usadas, as meias carregam bactérias pelo menos do lado de fora (no caso de pés que tenham sido bem asseados e secos). Se elas não forem lavadas, as causadoras do mau cheiro se espalham pelo tecido e podem chegar, no próximo uso, aos espaços entre os dedos. É lá que o suor tende a se concentrar. Resultado: chulé.
7. Esterilize suas meias
É mais simples do que você imagina: passe as meias, pelo avesso, com ferro quente. Isso matará qualquer vestígio de bactéria que possa ter sobrado após a lavagem.
É mais simples do que você imagina: passe as meias, pelo avesso, com ferro quente. Isso matará qualquer vestígio de bactéria que possa ter sobrado após a lavagem.
8. Não use o mesmo par de sapatos em dias seguidos
Não importa se é inverno ou verão, os sapatos ficam quentes e um pouco úmidos depois do uso e levam cerca de 24 horas para estarem realmente secos novamente. Se forem recolocados nos pés em um período mais curto que isso, levarão umidade aos dedos e propiciarão o ciclo já conhecido: bactérias no ambiente de que mais gostam para a proliferação e consequente produção do mau cheiro. Deixe os calçados descansarem em locais arejados e, de preferência, ensolarados.
Não importa se é inverno ou verão, os sapatos ficam quentes e um pouco úmidos depois do uso e levam cerca de 24 horas para estarem realmente secos novamente. Se forem recolocados nos pés em um período mais curto que isso, levarão umidade aos dedos e propiciarão o ciclo já conhecido: bactérias no ambiente de que mais gostam para a proliferação e consequente produção do mau cheiro. Deixe os calçados descansarem em locais arejados e, de preferência, ensolarados.
9. Escolha sapatos que não “sufoquem” os pés
Couro e tecidos (na superfície, no forro, na palmilha e no solado) são os melhores materiais para os sapatos no que diz respeito a evitar chulé, pois eles permitem que o suor evapore com mais facilidade. E quanto mais aberto ou com frestas o modelo, melhor. Evite calçados muito fechados e de materiais sintéticos, como borracha e plástico. Eles estimulam a sudorese e retêm toda a umidade dos pés, dando as condições ideais para o surgimento de odores ruins.
Couro e tecidos (na superfície, no forro, na palmilha e no solado) são os melhores materiais para os sapatos no que diz respeito a evitar chulé, pois eles permitem que o suor evapore com mais facilidade. E quanto mais aberto ou com frestas o modelo, melhor. Evite calçados muito fechados e de materiais sintéticos, como borracha e plástico. Eles estimulam a sudorese e retêm toda a umidade dos pés, dando as condições ideais para o surgimento de odores ruins.
10. Ao notar alterações na pele dos pés ou micose nas unhas, procure um médico
Frieiras e micoses levam fungos e bactérias aos pés. Nesse cenário, é normal ser gerado algum chulé enquanto as infecções não forem eliminadas, e o tratamento adequado só poderá ser recomendado por um médico após consulta individual. Portanto, nada de apelar para um remédio usado por um amigo ou parente para algo parecido. Cada caso é um caso.
Frieiras e micoses levam fungos e bactérias aos pés. Nesse cenário, é normal ser gerado algum chulé enquanto as infecções não forem eliminadas, e o tratamento adequado só poderá ser recomendado por um médico após consulta individual. Portanto, nada de apelar para um remédio usado por um amigo ou parente para algo parecido. Cada caso é um caso.
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