Estudo mostra que surgiu uma nova classe média no País, formada por famílias com renda de R$ 1.500 a R$ 7 mil
São Paulo. Entre 2001 e 2011, o grupo considerado pelo governo como classe média - renda familiar per capita entre R$ 291 e R$ 1.019 - viu sua renda per capita crescer 50%, ao passar de R$ 382 ao mês para R$ 576. É o que mostra o quarto caderno Vozes da Classe Média, preparado pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República, divulgado ontem.
Na década, a carteira de trabalho foi conquistada por mais de 47 milhões de trabalhadores no Brasil
FOTO: JOSÉ LEOMAR
Ao mesmo tempo, de acordo com o subsecretário de Ações Estratégicas da SAE, Ricardo Paes de Barros, a renda per capita familiar mensal no total de todas as classes sociais cresceu 33% no período, ao sair de R$ 591 para R$ 783. "Hoje, a classe média tem 47 milhões de trabalhadores, dos quais 54% são assalariados no setor privado. O futuro da classe média depende muito do emprego assalariado no setor privado", aponta.
A pesquisa mostrou que surgiu uma nova classe média no País, formada por famílias com renda entre R$ 1.500 e R$ 7 mil. Os brasileiros que compõem essa classe já somam metade da população e já respondem por 62% dos empregados com carteira assinada. "O impacto de ter emprego com carteira é enorme para uma família deixar a classe baixa e passar para a classe média", destaca Ricardo Paes.
Trabalho
De acordo com o estudo, a classe média teve aumento de 36% na renda do trabalho e de 57% na renda não derivada do trabalho em dez anos. A renda por trabalhador passou de R$ 400 por mês, em 2001, para R$ 543 por mês. Já a renda vinda de outras fontes e transferências públicas e privadas, subiu 57% no mesmo período, de R$ 110 por mês, por adulto, para R$ 173 mensais.
O estudo destaca que "parte da diferença de renda entre classes resulta de correspondentes diferenças no rendimento do trabalho e na renda não derivada do trabalho". Na classe baixa, mais de 30% da renda não é derivada do trabalho e na classe média, ela corresponde a menos de 25% da renda familiar total.
Escolaridade
O estudo mostra ainda que, em dez anos, aumentou o número de brasileiros com mais escolaridade, com carteira assinada ou com próprio negócio. No período, a carteira de trabalho foi conquistada por mais de 47 milhões de trabalhadores. Com isso, 37 milhões de pessoas saíram da pobreza e entraram para classe média. A renda do trabalho foi fator mais importante para explicar o aumento da classe média.
Fonte: diariodonordeste.globo.com/
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