A Tepco (Compania Elétrica de Tóquio), que opera a usina nuclear de Fukushima, no Japão, anunciou hoje altos níveis de radiação em três tanques de armazenamento de água e em uma tubulação. A radiação detectada ali está entre 70 e 1,8 mil milisieverts por hora, um nível de radioatividade 18 vezes maior que o registrado no mesmo lugar na semana passada. A lei japonesa estabelece que o nível seguro de exposição anual é de 50 milisieverts.
Segundo a rede BBC, as medições mostram que a radiação era suficiente para tornar-se letal com uma exposição de quatro horas. Os altos níveis podem só ter sido percebidos por causa de uma troca de equipamentos. Os novos instrumentos são capazes de detectar maiores quantidades de radiação. Os tanques afetados, feitos de de chapa de aço, são semelhantes ao reservatório no qual foi detectado, na semana passada um vazamento de 300 toneladas de água contaminada no mar.
A Tepco revelou na época que, além do vazamento de água radioativa, havia altos índices de radiação na parte inferior de outros dois. Nesses tanques, dos quais existem cerca de mil pela usina, se armazena parte da água altamente radioativa acumulada nos porões dos reatores, que aumenta diariamente pelo vazamento de líquido que vem do sistema de refrigeração da usina. Defeito A Tepco está analisando cerca de 350 tanques que são do mesmo modelo do defeituoso, fabricados de forma rápida e econômica quando aconteceu a crise nuclear.
Após o início da crise, o governo japonês e a operadora da usina iniciaram trabalhos de limpeza e decretaram uma zona de exclusão de 20 quilômetros em torno da usina. Fukushima Daiichi, ao norte de Tóquio, foi atingida por um terremoto seguido de tsunami em 11 de março de 2011, danificando três reatores nucleares e lançando contaminação radioativa no ar, no mar e em alimentos.
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